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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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650 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

que Davi houvesse feito uma alusão tão sem propósito à memória <strong>de</strong> Saul,<br />

cujo governo é em toda a Escritura representado como impregnado <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sdita, e o qual ficaria para sempre sepultado pelo governo <strong>de</strong> seu sucessor,<br />

cujo reinado é tão proeminentemente apresentado neste Salmo.<br />

A conjetura mais provável seria que este título <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong> é aplicado a<br />

fim <strong>de</strong> trazer honra sobre a tribo, a qual alguns po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>sprezar por<br />

sua pequenez, e a fim <strong>de</strong> notificar que os benjamitas, ainda que poucos<br />

em número, e sem possuírem gran<strong>de</strong> influência, formavam uma li<strong>de</strong>rança<br />

em Israel no mesmo nível que os <strong>de</strong>mais. 49 Outros po<strong>de</strong>riam dispor-se a<br />

pensar que teria havido algum indivíduo ilustre nessa <strong>de</strong>claração, e que<br />

as duas tribos fossem mencionadas juntamente com ele, ou que toda a<br />

tribo se manifestasse <strong>de</strong> forma proeminente em alguma batalha recente.<br />

Embora se faça menção honrosa <strong>de</strong>ssas tribos, todavia se dá lugar<br />

principal aos príncipes <strong>de</strong> Judá que se reuniram nesse tempo. Há quem<br />

pense que a conjunção esteja subentendida, e lê: os príncipes <strong>de</strong> Judá e<br />

suas congregações. A palavra hebraica que traduzimos por congregação<br />

é por outros traduzida por apedrejamento. 50 Mas tudo indica ser preferível<br />

construir as palavras como subenten<strong>de</strong>ndo que essa tribo presidia a<br />

assembléia que marchava para a guerra sob seus auspícios. O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

convocar o povo a reunir-se, portanto, diz-se pertencer a Judá, e ele é<br />

representado como sendo honrado com o governo e primazia do reino.<br />

[vv. 28-30]<br />

49 “Caput tamen unum efficere.” – v.l. “Font toutesfois un chef comme les autres lignees.” – v.f.<br />

50 A palavra

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