31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 38 • 169<br />

vocação; visto, pois, ter sido ele <strong>de</strong>signado guia e mestre sobre toda a<br />

Igreja, se fazia necessário que tudo quanto apren<strong>de</strong>ra para si mesmo,<br />

em privativo, mediante instrução divina, se faria conhecido e metodizado<br />

para o uso <strong>de</strong> todos, para que todos, <strong>de</strong>ssa forma, pu<strong>de</strong>ssem tirar<br />

proveito. A assim somos admoestados quanto ao fato <strong>de</strong> que é um<br />

exercício muitíssimo proveitoso evocar amiú<strong>de</strong> à memória os castigos<br />

com que Deus nos tem afligido em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> nossos pecados.<br />

[vv. 1-5]<br />

Ó Jehovah, não me repreendas em tua ira, e nem me castigues em teu furor.<br />

Porque tuas flechas se cravam em mim, 2 e tua mão <strong>de</strong>sce sobre mim. Não<br />

há saú<strong>de</strong> em minha carne por causa <strong>de</strong> tua ira; nem paz alguma em meus<br />

ossos por causa <strong>de</strong> meu pecado. Pois minhas iniqüida<strong>de</strong>s sobrepuseram<br />

minha cabeça, e como uma carga pesada eles se tornaram pesados <strong>de</strong>mais<br />

para mim. Minhas chagas se tornaram pútridas, são purulentas, por causa<br />

<strong>de</strong> minha insensatez.<br />

1. Ó Jehovah, não me repreendas em tua ira. Como já expus<br />

este versículo no início do Salmo 6, on<strong>de</strong> ele se repete, e para que<br />

não me torne tedioso ao leitor, farei observações bem sucintas<br />

aqui. Davi não pe<strong>de</strong> expressamente que suas aflições sejam removidas,<br />

mas apenas que Deus mo<strong>de</strong>re a severida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua disciplina.<br />

Daí po<strong>de</strong>mos inferir que Davi não dá ré<strong>de</strong>as soltas aos <strong>de</strong>sejos carnais,<br />

mas apresentou sua ar<strong>de</strong>nte oração num espírito <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção<br />

<strong>de</strong>vidamente castigado. Todos os homens naturalmente gostariam<br />

<strong>de</strong> que lhes fosse dada a permissão <strong>de</strong> pecar impunemente. Davi,<br />

porém, põe um freio em seus <strong>de</strong>sejos, e não preten<strong>de</strong> que o favor e<br />

indulgência <strong>de</strong> Deus se lhes estendam além da medida, senão que<br />

fica contente só com a mitigação <strong>de</strong> sua aflição; como se quisesse<br />

dizer: Não nutro indisposição em ser castigado por ti, mas te<br />

imploro, entretanto, que não me aflijas além da medida que posso<br />

2 Isto é, elas penetram fundo na carne. A Septuaginta traduz: “Ενεπάγησάν μοι”; a Vulgata:<br />

“Infixae sunt mihi”; – “São cravadas em mim”; que é uma conseqüência natural <strong>de</strong> penetrar fundo,<br />

e expressa mais o significa do que comunica a idéia precisa da palavra original. As versões Siríaca<br />

e Arábica fazem a mesma tradução da Vulgata.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!