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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 49 • 379<br />

mudança <strong>de</strong> tempo e não enten<strong>de</strong>rmos que o salmista tem em mente<br />

Deus redimindo sua alma da morte, exercendo a proteção <strong>de</strong>la quando<br />

ele morresse. O medo <strong>de</strong>sesperador que se apo<strong>de</strong>ra <strong>de</strong> muitos quando<br />

estão para <strong>de</strong>scer à sepultura provém do fato <strong>de</strong> não confiarem<br />

seu espírito ao cuidado preservador <strong>de</strong> Deus. Não o consi<strong>de</strong>ram à luz<br />

<strong>de</strong> um precioso <strong>de</strong>pósito que estará seguro em suas protetoras mãos.<br />

Que nossa fé se assente sobre esta gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>: que nossa alma,<br />

ainda que pareça esvair-se em sua separação do corpo, na verda<strong>de</strong> é<br />

recolhida ao seio divino e ali é guardada até ao dia da ressurreição.<br />

[vv. 16-20]<br />

Não temas quando alguém se enriquece, quando a glória <strong>de</strong> sua casa se<br />

engran<strong>de</strong>ce. Porque, quando morrer, nada levará consigo, nem sua glória<br />

<strong>de</strong>scerá com ele. Pois abençoará sua alma em sua vida, e te louvarão quando<br />

fizeres bem a ti mesmo. 25 Ele chegará à ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus pais, e não verá a<br />

luz para sempre. O homem está em honra e não enten<strong>de</strong>rá; ele é como os<br />

irracionais; eles perecerão.<br />

16. Não temas. O salmista reitera, na forma <strong>de</strong> exortação, que os<br />

filhos <strong>de</strong> Deus não têm razão alguma para temer a riqueza e o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

seus inimigos, ou para invejar sua evanescente prosperida<strong>de</strong>; e o melhor<br />

preservativo contra o <strong>de</strong>sespero é que volvam habitualmente seus olhos<br />

para o fim da vida. O efeito <strong>de</strong> tal contemplação será prontamente refrear<br />

qualquer impaciência que porventura sintamos em nossa curta vida <strong>de</strong><br />

misérias, e a seguir elevar nossas mentes, em santo <strong>de</strong>sdém, acima da<br />

vanglória, porém ilusória, da gran<strong>de</strong>za dos perversos. Para que isso não<br />

impressione nossas mentes, o profeta nos <strong>de</strong>sperta para a consi<strong>de</strong>ração<br />

do tema da morte – evento este que se acha imediatamente à mão, e que<br />

tão logo chegue, os <strong>de</strong>spe <strong>de</strong> sua falsa glória e os encaminha ao túmulo.<br />

Há muito implícito nas palavras: Ele nada levará quando morrer. 26 Sendo<br />

25 French e Skinner trazem: “Sim, ainda que os homens te louvem quando fores con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />

contido mesmo”; e explicam homens no sentido <strong>de</strong> “parasitas e bajuladores”, e “con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />

contigo mesmo” no sentido <strong>de</strong> “te entregares a <strong>de</strong>senfreada luxúria.”<br />

26 “Hebraico, ‘tira tudo’; isto é, <strong>de</strong>ve tudo o que tinha. ‘Pois nada trouxemos para o mundo, e<br />

certamente que nada po<strong>de</strong>mos levar <strong>de</strong>le.’” – Ainsworth.

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