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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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124 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

afirma à luz da experiência dos santos, e como se fosse em seu próprio<br />

nome, que o manancial <strong>de</strong> vida está em Deus. Com isto ele quer dizer<br />

que fora <strong>de</strong>le não se encontrará sequer uma gota <strong>de</strong> vida, ou que não<br />

flua <strong>de</strong> sua graça. A metáfora da luz, na última cláusula do versículo, é<br />

tacitamente mais enfática, <strong>de</strong>notando que os homens são totalmente<br />

<strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> luz, a menos que o Senhor resplan<strong>de</strong>ça sobre eles. Se<br />

isto é verda<strong>de</strong> no tocante à luz <strong>de</strong>sta vida, como será possível que divisemos<br />

a luz do mundo celestial, a menos que o Espírito <strong>de</strong> Deus nos<br />

ilumine? Pois <strong>de</strong>vemos confessar que a medida <strong>de</strong> discernimento com<br />

a qual os homens são inerentemente dotados é tal que “a luz brilha nas<br />

trevas, mas as trevas não a compreen<strong>de</strong>ram” [Jo 1.5]; e que os homens<br />

só serão iluminados mediante um dom supernatural. Mas são somente<br />

os santos que percebem que sua luz se <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> Deus, e que, sem ela,<br />

continuariam, por assim dizer, sepultados e envoltos pelas trevas.<br />

[vv. 10-12]<br />

Prolonga 11 tua misericórdia aos que te conhecem, e tua justiça aos <strong>de</strong> coração<br />

íntegro. Não venha sobre mim o pé da soberba, e não me remova a<br />

mão dos perversos. Ali se acham caídos os obreiros da iniqüida<strong>de</strong>; estão<br />

<strong>de</strong>rrubados, e não se po<strong>de</strong>m erguer.<br />

10. Prolonga tua misericórdia aos que te conhecem. Agora Davi<br />

se põe a orar. Primeiro ele pe<strong>de</strong>, em termos gerais, que Deus continue<br />

no exercício <strong>de</strong> sua misericórdia em favor <strong>de</strong> todos os santos, e então<br />

roga em particular em seu próprio benefício, implorando o socorro<br />

divino contra seus inimigos. Os que afirmam que aqui se diz que Deus<br />

prolonga ou esten<strong>de</strong> sua misericórdia porque ela é exaltada acima dos<br />

céus, se dão a um estilo <strong>de</strong> linguagem muito pueril. Ao falar Davi acerca<br />

<strong>de</strong>la num versículo anterior, em termos tais, sua intenção não era,<br />

como já observei, representar a misericórdia divina como que encerrada<br />

no céu, mas simplesmente <strong>de</strong>clarar que ela era difusa por todo<br />

o mundo; e aqui o que ele <strong>de</strong>seja é justamente isto, que Deus conti-<br />

11 Hebraico, Estenda-se longamente.

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