31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

346 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

Deus por seu guardião e protetor. Os bens terrenos, à luz <strong>de</strong> nossa<br />

natural perversida<strong>de</strong>, ten<strong>de</strong>m a ofuscar nossos olhos e a levar-nos<br />

ao esquecimento <strong>de</strong> Deus, e portanto <strong>de</strong>vemos pon<strong>de</strong>rar, atentando-<br />

-nos especialmente para esta doutrina: tudo quanto possuímos, que<br />

porventura pareça digno da maior estima, não <strong>de</strong>vemos permitir que<br />

obscureçam o conhecimento do po<strong>de</strong>r e graça <strong>de</strong> Deus; senão que, ao<br />

contrário, a glória <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>ve resplan<strong>de</strong>cer sempre e nitidamente<br />

em todos os dons com os quais Deus po<strong>de</strong> aprazer-se em abençoar-<br />

-nos e adornar-nos. De modo que po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar-nos ricos e<br />

felizes nele e em nenhuma outra fonte.<br />

[vv. 4-7]<br />

Porque, eis que os reis se congregaram, e juntos <strong>de</strong>sapareceram. Viram-no<br />

e ficaram maravilhados; ficaram amedrontados, e fugiram precipitadamente.<br />

O medo 3 ali apo<strong>de</strong>rou-se <strong>de</strong>les, e dores como as <strong>de</strong> uma parturiente. Tu<br />

fazes em pedaços os navios <strong>de</strong> Tarsis com um vento oriental.<br />

4. Porque, eis que os reis se congregaram. Aqui se faz leve menção<br />

daquele livramento especial <strong>de</strong> que já falei. O profeta relata como,<br />

quando os reis se uniram para <strong>de</strong>struir Jerusalém, seus esforços se<br />

dissiparam sem produzir nenhum resultado, justamente como as nuvens<br />

se esvaem na atmosfera; sim, ele nos informa que eles, com uma<br />

simples olha<strong>de</strong>la para a cida<strong>de</strong>, foram <strong>de</strong>sbaratados e aniquilados, e<br />

isso não <strong>de</strong> maneira ordinária, mas à semelhança <strong>de</strong> uma mulher que,<br />

ao chegar o momento <strong>de</strong> dar à luz, é subitamente assaltada pelas dores<br />

e angústias. Não po<strong>de</strong>mos afirmar com toda certeza <strong>de</strong> que parte<br />

da história judaica o profeta aqui menciona; mas as afirmações feitas<br />

se a<strong>de</strong>quam muito bem ao tempo <strong>de</strong> Acaz e Ezequias, ou ao tempo <strong>de</strong><br />

Asa. Foi <strong>de</strong>veras uma portentosa obra <strong>de</strong> Deus, quando os dois mui<br />

po<strong>de</strong>rosos reis – o rei da Síria e o rei <strong>de</strong> Israel, acompanhados <strong>de</strong> um<br />

mui numeroso exército – espantaram a cida<strong>de</strong> com tal terror, que o rei<br />

e seu povo se viram à beira do <strong>de</strong>sespero, ao verem este formidável<br />

3 “Tremblement.” – v.f. “Tremendo.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!