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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 46 • 325<br />

já disse no início, que o salmista esteja aqui falando <strong>de</strong> algum livramento<br />

notável, no qual Deus forneceu extraordinária prova do po<strong>de</strong>r<br />

e favor que ele exerce na constante preservação da Igreja. Conseqüentemente,<br />

ele relata o que suce<strong>de</strong>u, ou seja, que os inimigos da Igreja<br />

surgiram com um terrível exército para <strong>de</strong>vastá-la e <strong>de</strong>strui-la. Mas<br />

que imediatamente, ao ouvirem a voz <strong>de</strong> Deus, eles, por assim dizer,<br />

se <strong>de</strong>rreteram e <strong>de</strong>sapareceram. À luz <strong>de</strong>ste fato, <strong>de</strong>rivamos uma valiosa<br />

base <strong>de</strong> consolação, quando se diz: ainda que o mundo inteiro se<br />

insurja contra nós e confunda todas as coisas mediante sua crescente<br />

<strong>de</strong>mência, eles po<strong>de</strong>m tornar-se uma nulida<strong>de</strong> num instante, tão logo<br />

Deus se manifeste favorável para conosco. A voz <strong>de</strong> Deus, sem dúvida,<br />

significa sua vonta<strong>de</strong> ou seu mandamento; o profeta, porém, com esta<br />

expressão, parece estar <strong>de</strong> olho nas promessas <strong>de</strong> Deus, por meio das<br />

quais ele tem <strong>de</strong>clarado que será o guardião e <strong>de</strong>fensor da Igreja. Ao<br />

mesmo tempo, observemos o contraste que aqui se apresenta entre<br />

a voz <strong>de</strong> Deus e as turbulentas sublevações dos reinos <strong>de</strong>ste mundo.<br />

7. Jehovah dos exércitos está conosco. Neste versículo somos<br />

instruídos acerca <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>mos aplicar para o nosso próprio uso<br />

as coisas que as Escrituras por toda registram concernente ao infinito<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. Seremos capazes <strong>de</strong> fazer isso quando crermos que<br />

fazemos parte do número daqueles a quem Deus recebeu no amplexo<br />

<strong>de</strong> seu amor paternal, e <strong>de</strong> quem ele cuida. O salmista novamente<br />

alu<strong>de</strong>, em termos <strong>de</strong> encômio, à adoção pela qual Israel se separou<br />

da comum condição <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mais nações da terra. E, <strong>de</strong>veras,<br />

à parte disto, a <strong>de</strong>scrição do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus só nos inspiraria o pavor.<br />

O confiante louvor, pois, é oriundo disto: que Deus nos elegeu para<br />

sermos seu povo peculiar, a fim <strong>de</strong> fazer notório seu po<strong>de</strong>r nos preservando<br />

e nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste fato, o profeta, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

celebrar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, chamando-o o Deus dos exércitos, imediatamente<br />

adiciona outro epíteto: o Deus <strong>de</strong> Jacó, pelo qual confirma o<br />

pacto feito outrora com Abraão, ou seja, que sua posterida<strong>de</strong>, a quem<br />

pertence a herança da graça prometida, não há dúvida <strong>de</strong> que Deus<br />

lhes foi favorável também. Para que nossa fé repouse verda<strong>de</strong>ira e fir-

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