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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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316 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

a terra com suas supersticiosas abominações, a qual fora consagrada<br />

a Deus, não trouxe ele sobre si mesmo in<strong>de</strong>lével ignomínia e vergonha?<br />

Por este único feito seu nome merece ser sepultado em eterno<br />

esquecimento. Tampouco era seu filho Roboão em algum grau mais<br />

merecedor <strong>de</strong> louvor; pois através <strong>de</strong> sua própria e louca presunção<br />

ele per<strong>de</strong>u a melhor parte do reino. Para <strong>de</strong>scobrir, pois, a verda<strong>de</strong>ira<br />

concretização do que se diz aqui <strong>de</strong>vemos volver-nos para Cristo,<br />

a memória <strong>de</strong> cujo nome continua a prosperar e a prevalecer. É sem<br />

dúvida <strong>de</strong>sprezado pelo mundo, sim, pelos homens perversos, que na<br />

soberba <strong>de</strong> seus corações chegam a exprobrar seu sacro nome e ultrajantemente<br />

o pisa sob a planta <strong>de</strong> seus pés; todavia o mesmo continua<br />

a sobreviver em sua majesta<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong> ser apoucada. É também<br />

verda<strong>de</strong> que seus inimigos surgem <strong>de</strong> todos os lados, mui numerosos,<br />

procurando subverter seu reino; não obstante, os homens já estão começando<br />

a dobrar seus joelhos diante <strong>de</strong>le, o que continuarão a fazer<br />

até chegar o período em que ele pisará todos os po<strong>de</strong>res que se lhe<br />

oporem. Os furiosos esforços <strong>de</strong> Satanás e do mundo inteiro que não<br />

têm conseguido extinguir o nome <strong>de</strong> Cristo, o qual, sendo transmitido<br />

<strong>de</strong> uma geração a outra, ainda retém sua glória em cada século, ainda<br />

quando nestes dias vemos o mesmo sendo celebrado em cada idioma.<br />

E ainda que a maior parte do mundo o rasgue em pedaços através<br />

<strong>de</strong> suas ímpias blasfêmias, todavia é bastante que Deus incite seus<br />

servos, em todos os lugares, a proclamar com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e com zelo<br />

não fingido os louvores <strong>de</strong> Cristo. Nesse ínterim, é nosso <strong>de</strong>ver usar<br />

diligentemente nossos esforços para que a memória <strong>de</strong> Cristo, a qual<br />

<strong>de</strong>ve prosperar e prevalecer através <strong>de</strong> todos os séculos, para que<br />

a eterna salvação dos homens jamais, em qualquer tempo, perca um<br />

mínimo sequer <strong>de</strong> sua reputação.

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