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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 37 • 165<br />

homens <strong>de</strong> uma maneira privativa, ele nos subtrai aquele fruto do<br />

qual nossa própria obtusida<strong>de</strong> nos priva.<br />

35 e 36. Vi o ímpio terrível etc. Aqui Davi confirma, com base<br />

em sua própria experiência, o que eu já disse, ou seja, que embora<br />

o ímpio seja intoxicado com sua prosperida<strong>de</strong>, e fique perplexo ao<br />

olhar para ela, contudo sua felicida<strong>de</strong> é transitória e evanescente,<br />

e portanto não passa <strong>de</strong> mera ilusão. No versículo 35 ele nos diz<br />

que não é algo estranho ou inusitado para os ímpios, inflados com<br />

sua prosperida<strong>de</strong>, expandir-se cada vez mais e ser motivo <strong>de</strong> terror<br />

para o inocente. O salmista então acrescenta que sua gran<strong>de</strong>za,<br />

a qual é consi<strong>de</strong>rada com tanta perplexida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>saparece num<br />

instante. Quanto ao significado do termo, ‏,עריף arits, que traduzimos<br />

por terrível, também po<strong>de</strong> ser traduzida por forte, porque a<br />

palavra da qual se <strong>de</strong>riva às vezes significa terrificar, e às vezes<br />

fortalecer. A palavra ‏,מתערה mithareh, é traduzida por alguns por<br />

ver<strong>de</strong>, mas seu significa é, antes, <strong>de</strong>scobrir ou expandir-se, como<br />

árvores altas e frondosas que expan<strong>de</strong>m seus ramos. Davi, não nutro<br />

dúvida alguma, repreen<strong>de</strong> aqui a insolência dos que se gabam<br />

imo<strong>de</strong>radamente. Passar, no versículo 36, é usado para <strong>de</strong>svanecer;<br />

e assim ele nos admoesta a ficarmos tranqüilos por algum tempo a<br />

fim <strong>de</strong> que se comprove, <strong>de</strong>pois que ela [a insolência] passar, que<br />

tudo o que o mundo admira na prosperida<strong>de</strong> do ímpio não passa<br />

<strong>de</strong> um nevoeiro.<br />

[vv. 37-40]<br />

Observa o homem perfeito e consi<strong>de</strong>ra o justo; porque o fim <strong>de</strong> tal homem<br />

é a paz. Os transgressores, porém, serão juntamente <strong>de</strong>struídos; o fim dos<br />

perversos será o extermínio. A salvação dos justos proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jehovah;<br />

ele é sua força no tempo da angústia. Jehovah os ajudará e os livrará; ele<br />

os livrará dos ímpios; ele os preservará, porque nele confiam.<br />

37. Observa o homem perfeito. Davi exorta os fiéis a diligentemente<br />

consi<strong>de</strong>rarem cada instância que porventura <strong>de</strong>sfrutem da<br />

graça <strong>de</strong> Deus, bem como <strong>de</strong> seu juízo; ao mesmo tempo, porém,

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