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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 67<br />

O presente Salmo contém uma oração que solicita uma bênção<br />

em prol da Igreja, para que ela, além <strong>de</strong> ser preservada em condição<br />

<strong>de</strong> segurança na Judéia, pu<strong>de</strong>sse também esten<strong>de</strong>r-se numa extensão<br />

nova e sem prece<strong>de</strong>nte. Ele toca <strong>de</strong> leve no reino <strong>de</strong> Deus, o qual seria<br />

erigido no mundo durante a vinda <strong>de</strong> Cristo. 1<br />

Ao regente <strong>de</strong> música em Neginoth. Salmo ou cântico.<br />

[vv. 1-7]<br />

Seja Deus misericordioso para conosco e nos abençoe; e faça resplan<strong>de</strong>cer<br />

seu rosto sobre nós. Selah. 2 Para que conheçam na terra o teu caminho, a<br />

tua salvação entre todas as nações. Louvem-te os povos, ó Deus, louvem-te<br />

os povos todos. Alegrem-se as nações, e gritem <strong>de</strong> júbilo; pois ele julgará<br />

com justiça os povos, e tu governarás as nações sobre a terra. Selah.<br />

Louvem-te, ó Deus, os povos, louvem-te os povos todos. A terra tem produzido<br />

seu fruto; e Deus, sim, nosso próprio Deus, nos abençoará. Deus nos<br />

abençoará, 3 e todos os confins da terra o temerão.<br />

1 A opinião dos ju<strong>de</strong>us antigos concorda com isso, os quais aplicam este Salmo aos tempos futuros,<br />

ao mundo por vir, aos dias do Messias. O tempo e ocasião específicos <strong>de</strong> sua composição só<br />

po<strong>de</strong>m ser conjeturados. O bispo Patrick acredita que ele foi provavelmente composto por Davi<br />

quando, havendo levado a arca para Jerusalém, e oferecido sacrifícios, como prometido no Salmo<br />

anterior, versículo 15, ele abençoou o povo no nome do Senhor dos Exércitos (2Sm 6.17, 18). Horsley<br />

o vê como “um hino <strong>de</strong>stinado à festa dos tabernáculos, um hino profético <strong>de</strong> uma conversão<br />

geral do mundo ao culto divino”. Calmet é <strong>de</strong> opinião que a composição <strong>de</strong>ste Salmo, bem como<br />

do prece<strong>de</strong>nte, foi posterior ao regresso dos ju<strong>de</strong>us do cativeiro babilônico; e que a ocasião particular<br />

foi a restauração da fertilida<strong>de</strong> do solo após a prolongada seca e escassez registradas pelo<br />

profeta Ageu (1.10, 11; 2.17-19). Mas ainda que o tempo e ocasião específicos em que o Salmo foi<br />

escrito não possa ser <strong>de</strong>terminados com certeza, ele evi<strong>de</strong>ntemente constitui uma oração a antiga<br />

Igreja em prol da manifestação do Messias e da universal difusão <strong>de</strong> seu evangelho.<br />

2 Este versículo contém uma manifesta alusão às bênçãos que os sacerdotes tinham instrução<br />

<strong>de</strong> pronunciar sobre o povo <strong>de</strong> Israel (Nm 6.24-26).<br />

3 Deus, sim, nosso próprio Deus, nos abençoará, Deus nos abençoará. Aqui uma vez mais há uma

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