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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 38 • 173<br />

5. Minhas chagas 3 se tornaram pútridas. Neste versículo, o<br />

salmista apresenta o longo prosseguimento <strong>de</strong> sua enfermida<strong>de</strong><br />

como um argumento para a obtenção <strong>de</strong> algum lenitivo. Ao <strong>de</strong>clarar o<br />

Senhor em Isaías 40.2, concernente à Igreja, “que seu bem-estar é concretizado,<br />

que sua iniqüida<strong>de</strong> é perdoada, pois que recebeu da mão do<br />

Senhor duplamente por todos os seus pecados”, sua intenção é que,<br />

quando ele castigava suficientemente a seu povo, era imediatamente<br />

pacificado em relação a eles; e então, se ele continua a manifestar seu<br />

<strong>de</strong>sprezar por longo tempo, movido por sua misericórdia, ele, por assim<br />

dizer, se cansa <strong>de</strong> seu enfado <strong>de</strong> tal modo que <strong>de</strong>pressa conce<strong>de</strong><br />

livramento, como diz em outra passagem [Is 48.9, 10]: “Por amor <strong>de</strong><br />

meu nome retardo minha ira, e por causa <strong>de</strong> meu louvor me contenho<br />

para contigo, para que eu não te extermine. Eis que te purifiquei, mas<br />

não como a prata; provei-te na fornalha da aflição.” Portanto, o objetivo<br />

que Davi tem em vista, ao <strong>de</strong>plorar a longa continuação <strong>de</strong> sua<br />

miséria consiste em que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> suportar o castigo que merecia,<br />

por fim po<strong>de</strong>ria obter o livramento. Ser mantido em contínuo enfraquecimento<br />

e, por assim dizer, putrefar e dissolver-se em <strong>de</strong>terioração<br />

em suas misérias, com certeza para este servo <strong>de</strong> Deus não era uma<br />

provação superficial. É esta sua constância que atrai mais admiração,<br />

porque ela não sucumbia em meio ao longo período <strong>de</strong> <strong>de</strong>longa, nem<br />

se prostrava sob o imenso fardo <strong>de</strong> sofrimento. Ao usar o termo insensatez,<br />

em vez <strong>de</strong> pecado, ele não busca com isso atenuar seus erros,<br />

como os hipócritas fazem quando são impossibilitados <strong>de</strong> escapar da<br />

acusação <strong>de</strong> culpa; pois para justificar-se em parte, alegam a falsa pretensão<br />

<strong>de</strong> ignorância, apelando e <strong>de</strong>sejando que se creia que seu erro<br />

tem por base a imprudência e inadvertência. Mas, segundo a forma comum<br />

<strong>de</strong> expressão no idioma hebraico, pelo uso do termo, insensatez,<br />

ele reconhece que estivera fora <strong>de</strong> seu são juízo ao obe<strong>de</strong>cer as concupiscências<br />

da carne em oposição a Deus. O Espírito, ao empregar este<br />

3 “O significa próprio <strong>de</strong> חכר não é uma ferida, mas uma contusão ou um vergão causado<br />

por um golpe. Meus vergões causados por severo castigo estão ficando pútridos e o pus<br />

escorre.” – Fry.

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