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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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628 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

em comoção? Por que as montanhas tremeram, senão para que todos<br />

reconhecessem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus aliado ao livramento <strong>de</strong> seu<br />

povo? Ele apresenta Deus como tendo sido o guia que os conduzia<br />

avante. E isso não meramente em referência à sua passagem pelo<br />

Mar Vermelho, mas às suas jornadas enquanto peregrinavam pelo<br />

<strong>de</strong>serto. Quando fala da terra sendo movida, ele não parece querer<br />

aludir inteiramente ao que ocorreu durante a promulgação da lei,<br />

mas ao fato <strong>de</strong> que, ao longo <strong>de</strong> todo seu progresso, o curso da<br />

natureza foi reiteradamente alterado, como se todos os elementos<br />

tremessem na presença do Senhor. Foi no Monte Sinai, contudo,<br />

que fez Deus as principais exibições <strong>de</strong> seu terrível po<strong>de</strong>r; foi ali<br />

que se ouviram trovões vindos do céu e o ar se encheu <strong>de</strong> relâmpagos;<br />

e, conseqüentemente, se menciona aqui, nominalmente, como<br />

havendo Deus apresentado o mais glorioso espetáculo da divina<br />

majesta<strong>de</strong> que sempre era vista. Alguns traduzem: este Sinai etc.,<br />

conectando o pronome hz, zeh, com a montanha aqui <strong>de</strong>nominada;<br />

mas é muito mais enfático juntá-lo à cláusula prece<strong>de</strong>nte, e ler: os<br />

céus gotejaram na presença <strong>de</strong>ste Deus; Davi tencionava enaltecer a<br />

excelência do Deus <strong>de</strong> Israel. Essa é uma expressão freqüentemente<br />

usada pelos profetas para <strong>de</strong>notar que o Deus cultuado pela posterida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Abraão era o verda<strong>de</strong>iro Deus, e a religião promulgada em<br />

sua lei não emitia nenhuma ilusão, como em Isaías 25.9: “Este, este<br />

é nosso Deus, e ele nos salvará.” Com o fim <strong>de</strong> estabelecer o povo<br />

<strong>de</strong> Deus em sua fé, Davi os conduz, por assim dizer, à própria presença<br />

<strong>de</strong> Deus; indica que não foram <strong>de</strong>ixados em quaisquer vagas<br />

incertezas como os pagãos; e indiretamente censura a loucura do<br />

mundo em ignorar o conhecimento do verda<strong>de</strong>iro Deus e criar divinda<strong>de</strong>s<br />

segundo suas próprias imaginações, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e pedra,<br />

<strong>de</strong> ouro e prata.<br />

9. Tu, ó Deus, farás cair 14 uma chuva liberal sobre tua herança.<br />

Faz-se menção, aqui, do curso contínuo do favor que se<br />

14 Hebraico: Despejará, isto é, das nuvens, uma chuva liberal.

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