31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>de</strong>] atribuir po<strong>de</strong>r a Deus; e não só eles, mas também as regiões mais<br />

remotas do mundo.<br />

No próximo versículo ele avança mais, e convoca os reinos da<br />

terra a louvarem a Deus, linguagem essa que implica o seguinte: os<br />

que uma vez se distinguiram por sua hostilida<strong>de</strong> em relação a Deus,<br />

seriam enfileirados entre seus adoradores voluntários. É preciso que<br />

haja conhecimento <strong>de</strong> Deus, como já observei alhures, antes que os<br />

homens possam celebrar os louvores <strong>de</strong> seu nome; e temos uma prova<br />

da vocação dos gentios no fato <strong>de</strong> Moisés e os profetas os convidarem<br />

a oferecer sacrifícios <strong>de</strong> louvor. Não <strong>de</strong>ve parecer algo estranho e incrível<br />

falar da extensão do culto divino oferecido a partir <strong>de</strong> um país,<br />

<strong>de</strong>ntro do qual havia sido até então confinado, e daí ao mundo inteiro;<br />

Davi insiste no legítimo domínio <strong>de</strong> Deus sobre todas as regiões da<br />

terra.<br />

Ele cavalga o céu dos céus; isto é, como já observamos no início<br />

do Salmo, ele tem supremo po<strong>de</strong>r sobre todas as criaturas, e governa<br />

o universo a seu bel-prazer. Esta é uma verda<strong>de</strong> que, mesmo em sua<br />

aplicação geral, se a<strong>de</strong>qua bem a produzir uma reverente consi<strong>de</strong>ração<br />

da majesta<strong>de</strong> divina; mas não <strong>de</strong>vemos negligenciar a razão mais<br />

específica pela qual ela é aqui introduzida. Havendo feito menção dos<br />

gentios, que ainda se encontram fora do seio da Igreja, ele exige que<br />

se <strong>de</strong>ixem envolver pelo governo <strong>de</strong> Deus em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua soberania<br />

como Criador, e notifica que não havia nisso nada <strong>de</strong> inusitado, ou<br />

seja, que aquele que se assenta sobre as nuvens abarcaria todos os<br />

habitantes da terra com seu domínio.<br />

Pela expressão, os céus da antigüida<strong>de</strong>, o salmista insinua que<br />

toda a família humana estava <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais<br />

remotos começos. Temos uma magistral prova do glorioso po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> Deus no fato <strong>de</strong> que, não obstante a imensidão da estrutura dos<br />

céus, a rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> seus movimentos, bem como as conflitantes evoluções<br />

que suce<strong>de</strong>m neles, é preservada a mais perfeita subordinação<br />

e harmonia; e que essa or<strong>de</strong>m, perfeita e bela, tem sido mantida<br />

ininterruptamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos mais remotos. É evi<strong>de</strong>nte, pois,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!