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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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388 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

<strong>de</strong> Deus, com vistas a convencer os hipócritas da vaida<strong>de</strong> daquelas infantis<br />

trivialida<strong>de</strong>s com que tentam evadir-se do escrutínio <strong>de</strong> um Juiz tão<br />

grandioso e tão austero.<br />

Procurando antecipar uma objeção que po<strong>de</strong>ria suscitar-se contra<br />

sua doutrina neste Salmo, dizendo que ela era uma subversão do culto<br />

prescrito por Moisés, o profeta notifica que este juízo que ele anunciava<br />

estaria em harmonia com a lei. Quando Deus fala <strong>de</strong> Sião, necessariamente<br />

sanciona a autorida<strong>de</strong> da lei; e os Profetas, quando em qualquer fizerem<br />

uso <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> expressão, <strong>de</strong>claram ser intérpretes da lei. Esse santo<br />

monte não foi escolhido ao capricho humano, e portanto permanece<br />

i<strong>de</strong>ntificado com a lei. E assim o profeta elimina qualquer pretexto que<br />

os ju<strong>de</strong>us viessem alegar com o fim <strong>de</strong> evadir-se <strong>de</strong> sua doutrina, anunciando<br />

que, uma vez cancelada sua impieda<strong>de</strong> sob o ilusório abrigo das<br />

cerimônias, não seriam con<strong>de</strong>nados por Deus através <strong>de</strong> algum código recente<br />

<strong>de</strong> religião, senão por aquele que foi originalmente ministrado por<br />

Moisés. Ele dá a Sião o honroso nome <strong>de</strong> a perfeição da formosura, visto<br />

que Deus a escolhera para ser seu santuário, o local on<strong>de</strong> seu nome seria<br />

invocado e on<strong>de</strong> sua glória se manifestaria na doutrina da lei.<br />

3. Nosso Deus virá e não se calará. 6 Ele reitera que Deus viria a fim<br />

<strong>de</strong> confirma sua doutrina e para mais eficientemente <strong>de</strong>spertá-los. Ele viria<br />

e não mais se calaria, a fim <strong>de</strong> que não se animassem a abusar <strong>de</strong> sua<br />

longanimida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>duzir-se duas razões por que o profeta chama<br />

Deus <strong>de</strong> nosso Deus. Po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como que assentando-se e o<br />

comparativamente pequeno número dos verda<strong>de</strong>iros tementes ao Senhor,<br />

em oposição aos hipócritas a quem ele abomina, alegando que Deus<br />

é o Deus <strong>de</strong>le, e não <strong>de</strong>les, segundo se dispunham a jactar-se; ou, melhor,<br />

ele fala como um <strong>de</strong>ntre o povo, e <strong>de</strong>clara que o Deus que estava vindo<br />

para vingar as corrupções <strong>de</strong> seu culto era o mesmo Deus a quem os<br />

filhos <strong>de</strong> Abraão professavam servir. Aquele que virá, como se dissesse, é<br />

o nosso Deus, o mesmo em quem nos gloriamos, o qual estabeleceu seu<br />

concerto com Abraão e nos <strong>de</strong>u sua lei pelas mãos <strong>de</strong> Moisés. E acres-<br />

6 Esta forma negativa <strong>de</strong> expressão é empregada para imprimir maior ênfase.

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