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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 48 • 345<br />

o mundo inteiro, mesmo porque todas as nações recebiam dali a luz<br />

da vida e o testemunho da graça celestial. Se a alegria que os homens<br />

experimentam e nutrem é sem Deus, o resultado <strong>de</strong>ssa alegria por fim<br />

será <strong>de</strong>struição, e sua hilarida<strong>de</strong> se converterá em ranger <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes.<br />

Cristo, porém, se introduz no monte Sião com seu evangelho, a encher<br />

o mundo com genuína alegria e felicida<strong>de</strong> eterna. No tempo do<br />

profeta, é verda<strong>de</strong> que o conhecimento do evangelho não havia ainda<br />

alcançado as nações estrangeiras, mas ele faz uso <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> expressão<br />

com a mais elevada proprieda<strong>de</strong>, visando a ensinar os ju<strong>de</strong>us<br />

que a verda<strong>de</strong>ira bem-aventurança só podia ser encontrada no gracioso<br />

pacto divino, o qual estava <strong>de</strong>positado naquele santo lugar. Ao<br />

mesmo tempo, ele predisse aquilo que por fim se cumpriu na vinda <strong>de</strong><br />

Cristo. Deste fato po<strong>de</strong>mos apren<strong>de</strong>r que para fazer os corações dos<br />

santos rejubilar-se, o favor divino é o único sobejamente suficiente.<br />

Enquanto que, ao contrário disso, quando ele é suprimido, todos os<br />

homens inevitavelmente se precipitam num estado <strong>de</strong> miséria e dor.<br />

O que se acrescenta imediatamente a seguir, concernente à cida<strong>de</strong> do<br />

gran<strong>de</strong> Rei, a intenção era mostrar que o monte Sião não só era santo<br />

em si mesmo, mas que essa sublime prerrogativa lhe fora conferida ao<br />

tornar sagrada toda a cida<strong>de</strong>, a qual Deus escolheu por sua se<strong>de</strong> para<br />

que pu<strong>de</strong>sse governar sobre todo o povo.<br />

3. Em seus palácios, Deus é conhecido por uma alta <strong>de</strong>fesa. Aqui<br />

o peta sacro uma vez mais se apresenta com o propósito <strong>de</strong> anunciar<br />

a dignida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém, a proteção que Deus lhe oferece,<br />

como já vimos no Salmo 46.5: “Deus está no meio <strong>de</strong>la; ela não se abalará;<br />

Deus a ajudará <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o romper da manhã.” Ele expressamente<br />

faz menção <strong>de</strong> palácios à guisa <strong>de</strong> contraste, visando a ensinar aos<br />

ju<strong>de</strong>us que, embora a cida<strong>de</strong> santa fosse fortificada com fortes torres,<br />

e seu interior possuía magnificentes casas, e que as mesmas mais<br />

pareciam fortalezas, todavia sua contínua segurança se <strong>de</strong>via unicamente<br />

ao po<strong>de</strong>r e ao auxílio divinos; e que eles não se assemelham<br />

aos homens profanos que, repousando satisfeitos com suas riquezas e<br />

recursos terrenos, não <strong>de</strong>positavam valor algum sobre o fato <strong>de</strong> terem

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