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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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488 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

<strong>de</strong>sconfiar <strong>de</strong>le ante a mais leve tentação. Quando estivermos expostos<br />

à oposição <strong>de</strong> formidáveis assaltantes, pela força, pela sagacida<strong>de</strong><br />

ou por quaisquer vantagens mundanas, aprendamos com Davi a colocar<br />

Deus em oposição a eles, seremos imediatamente capazes <strong>de</strong> ver o<br />

mais po<strong>de</strong>roso <strong>de</strong>ntre eles vencidos <strong>de</strong> assombro.<br />

[vv. 12-13]<br />

Teus votos estão sobre mim, ó Deus! Eu pagarei teus louvores. Pois tens<br />

livrado da morte minha alma: não livraste meus pés da queda? Para que eu<br />

possa andar diante <strong>de</strong> Deus na luz dos viventes.<br />

12. Teus votos estão sobre mim, ó Deus! Sugeri, no início, ser<br />

provável que este Salmo foi escrito por Davi <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver escapado<br />

dos perigos que ele <strong>de</strong>screve; e esta po<strong>de</strong> ser a razão da ação <strong>de</strong><br />

graça aqui apensa. Ao mesmo tempo, temos evidência que ele estava<br />

sempre disposto a engajar-se neste exercício mesmo quando presentemente<br />

sofrendo sob suas aflições. Ele <strong>de</strong>clara que os votos <strong>de</strong> Deus<br />

estavam sobre ele; pelo quê significa que ele era obrigado a pagá-los,<br />

como, entre os romanos, uma pessoa que obtivesse o que buscava,<br />

sob o compromisso <strong>de</strong> um voto, dizia-se estar voti damnatus – con<strong>de</strong>nada<br />

por seu voto. Se porventura prometemos ações <strong>de</strong> graças, e<br />

nossas orações têm sido ouvidas, uma obrigação pesa sobre nós. Ele<br />

os chama os votos <strong>de</strong> Deus – teus votos; pois o dinheiro em minha mão<br />

é tido como meu credor, sendo eu, como <strong>de</strong> fato sou, seu <strong>de</strong>vedor. Ele<br />

vê seu livramento como algo vindo <strong>de</strong> Deus; e a condição uma vez efetuada,<br />

ele reconhece estar obrigado com os votos que ele havia feito.<br />

Apren<strong>de</strong>mos da segunda parte do versículo qual era a natureza dos<br />

votos para os quais ele chama a atenção, e, ao atentar para isto, po<strong>de</strong>mos<br />

evitar o equívoco <strong>de</strong> imaginarmos que ele sanciona votos como<br />

os são praticados entre os papistas. Diz ele que ren<strong>de</strong>ria louvores, ou<br />

sacrifícios <strong>de</strong> louvor; pois a palavra se aplica aos sacrifícios, os quais<br />

eram símbolos externos <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> graça. Davi sabia muito bem que<br />

Deus não atribuiu nenhum valor aos sacrifícios consi<strong>de</strong>rados em si<br />

mesmos, nem à parte do propósito e espírito da pessoa que os ofere-

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