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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 41 • 237<br />

eram seus inimigos confessos não dissimulavam sua animosida<strong>de</strong> contra<br />

ele, senão que publicamente o perseguiam; e isso ele já havia mostrado no<br />

versículo prece<strong>de</strong>nte. Além disso, ele agora se queixa que muitos vinham<br />

a ele com <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> afeição por ele, como se fossem seus amigos<br />

que, não obstante, mais tar<strong>de</strong> instilavam secretamente sua maliciosa indisposição<br />

contra ele. Inimigos <strong>de</strong>ste gênero, que assim encobre e oculta<br />

sua malícia, e se insinuam sob a máscara <strong>de</strong> uma atraente aparência,<br />

simplesmente com o propósito <strong>de</strong> secretamente fazer-nos dano, <strong>de</strong>veras<br />

<strong>de</strong>vem ser muito mais temidos do que os que francamente exteriorizam<br />

suas ímpias intenções. Conseqüentemente, havendo se queixado <strong>de</strong> seus<br />

inimigos públicos, ele agora fala <strong>de</strong> seus pretensos amigos, <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>clara<br />

que vinham vê-lo com o único propósito <strong>de</strong> falar mentiras, e contudo<br />

nesse ínterim maquinavam algum enganoso e malicioso propósito contra<br />

ele; mais ainda, que secretamente amontoavam iniqüida<strong>de</strong> e, por assim<br />

dizer, a armazenavam em seu coração. E então acrescenta que, quando se<br />

iam <strong>de</strong> sua presença, manifestavam sua hipocrisia e fraudulência.<br />

[vv. 7-9]<br />

Todos os que me o<strong>de</strong>iam cochicham entre si contra mim; tramam o mal<br />

contra mim. Um malfeito <strong>de</strong> Belial o atinja <strong>de</strong> vez; e agora que está <strong>de</strong>itado,<br />

que nunca mais se levante. O próprio homem <strong>de</strong> minha paz, em quem confiava,<br />

o qual come <strong>de</strong> meu pão, levantou contra mim seu calcanhar.<br />

7. Todos os que me o<strong>de</strong>iam cochicham entre si contra mim. Aqui<br />

ele parece incluir, em termos gerais, ambas as classes <strong>de</strong> inimigos<br />

seus: os que procuravam oprimi-lo <strong>de</strong> uma forma franca e na qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inimigos <strong>de</strong>votados; e os que, sob a pretensão <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, procuravam<br />

fazer a mesma coisa, só que mediante frau<strong>de</strong> e estratagema.<br />

Por conseguinte, ele diz que todos eles se aconselhavam acerca <strong>de</strong><br />

sua <strong>de</strong>struição, justamente como bem sabemos fazem os homens perversos<br />

reunindo-se secretamente para se consultarem acerca <strong>de</strong> seus<br />

tencionados atos <strong>de</strong> traição, e cochicham entre si sobre sua execução.<br />

Daí, ele acrescenta os verbos meditar ou tramar, os quais ele emprega<br />

para <strong>de</strong>notar suas vis conspirações e pecaminosas consultas.

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