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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 629<br />

esten<strong>de</strong>ra sobre o povo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo em que primeiro entraram<br />

na terra prometida. Ela é chamada a herança <strong>de</strong> Deus, por haver<br />

sido <strong>de</strong>signada a seus próprios filhos. Outros enten<strong>de</strong>m pela herança<br />

expressa no versículo, a Igreja, mas tal idéia não é correta, pois<br />

logo <strong>de</strong>pois se <strong>de</strong>clara ser ela o lugar on<strong>de</strong> a Igreja habitava. O título<br />

é apropriadamente atribuído à terra <strong>de</strong> Canaã, a qual Deus lhes<br />

<strong>de</strong>ra por direito <strong>de</strong> herança. Davi toma nota do fato <strong>de</strong> que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

primeiro estabelecimento da semente <strong>de</strong> Abraão nela, Deus jamais<br />

cessou <strong>de</strong> fazer-lhes a mais paternal provisão, enviando sua chuva<br />

na estação própria com o fim <strong>de</strong> preparar seu alimento. As palavras<br />

traduzidas por uma chuva liberal são expressas literalmente<br />

no [texto] hebraico, uma chuva <strong>de</strong> generosida<strong>de</strong>s. Concordo com os<br />

intérpretes ao pensarem que sua alusão era às bênçãos que emanavam<br />

no exercício do soberano favor, 15 e a Deus, como tendo <strong>de</strong> sua<br />

própria imemorável bonda<strong>de</strong> feito provisão para todas as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> seu povo. Há quem leia uma chuva <strong>de</strong>sejável; outros, uma<br />

chuva <strong>de</strong>stilando sem violência, ou mansa; mas, nenhuma <strong>de</strong>ssas<br />

traduções parece final; outros trazem a redação: uma chuva copiosa<br />

ou abundante; eu, porém, já afirmei qual me parece ser o sentido<br />

preferível. Era uma prova, pois, <strong>de</strong> sua divina liberalida<strong>de</strong>, que Deus<br />

regasse a terra, no tempo próprio, com chuvas. Há nitidamente uma<br />

referência à localização da Judéia, a qual <strong>de</strong>via sua fertilida<strong>de</strong> aos<br />

orvalhos e às chuvas do céu. Em alusão à mesma circunstância, ele<br />

diz que ela era renovada quando exausta. Faz-se menção da estação<br />

– porque ela fora dada a seu povo eleito para nela habitar. Em tempo<br />

algum fora ela abençoada mais do que quando foi a habitação da<br />

Igreja e povo <strong>de</strong> Deus. A fim <strong>de</strong> imprimir ainda mais in<strong>de</strong>levelmente<br />

na mente dos ju<strong>de</strong>us suas obrigações para com a divina benevolência,<br />

ele os representa como pensionários <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Deus<br />

para seu alimento diário. Ele os alimentava com o mais excelente<br />

15 Ainsworth tem a redação: “uma chuva <strong>de</strong> liberalida<strong>de</strong>s.” Horsley: “um aguaceiro <strong>de</strong> imerecida<br />

bonda<strong>de</strong>”; “literalmente”, diz ele, “uma abundante chuva, sendo chuva, aqui, usada metaforicamente.”

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