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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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468 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

sua inseparável companheira, e habitava com eles sob o mesmo teto.<br />

[vv. 16-19]<br />

Eu invocarei a Deus, e Jehovah me salvará. De tar<strong>de</strong> e <strong>de</strong> manhã, orarei, e<br />

gritarei bem alto; e ele ouvirá minha voz. Em paz ele redimiu minha alma<br />

da batalha que era contra mim; pois eram em gran<strong>de</strong> número comigo. Deus<br />

ouvirá e os afligirá, 19 sim aquele que se assenta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos antigos. 20<br />

Selah. Porque não há neles qualquer mudança, e não temem a Deus.<br />

16. Eu invocarei a Deus. Ao traduzir este versículo, retive o tempo<br />

futuro do verbo, visto que o salmista não faz referência a algo já<br />

feito, mas antes se incita ao <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> orar, bem como ao exercício<br />

da esperança e confiança. Embora não houvesse método aparente<br />

<strong>de</strong> escape, e se visse à mercê <strong>de</strong> imediata <strong>de</strong>struição, ele <strong>de</strong>clara sua<br />

resolução <strong>de</strong> continuar orando, e expressa sua certeza <strong>de</strong> que seria<br />

bem sucedido. No versículo que se segue, ele se esforça mais especificamente<br />

a <strong>de</strong>monstrar perseverança em oração. Não se contenta<br />

em dizer que orará, porquanto muitos agem assim <strong>de</strong> uma maneira<br />

perfunctória, para logo se cansarem do exercício; ele, porém, resolve<br />

exibir tanto assiduida<strong>de</strong> quanto veemência. À luz da menção particular<br />

que ele faz <strong>de</strong> noite, manhã e tar<strong>de</strong>, somos levados a inferir que<br />

estas <strong>de</strong>vem ser tidas como as horas <strong>de</strong>terminadas <strong>de</strong> oração entre<br />

os piedosos nesse período [da história]. Sacrifícios eram oferecidos<br />

diariamente no templo, <strong>de</strong> manhã e ao crepúsculo vespertino, e por<br />

isso eram instruídos a esforçar-se privativamente em oração nos recessos<br />

<strong>de</strong> suas próprias casas. À tar<strong>de</strong> havia também a prática <strong>de</strong> se<br />

oferecerem sacrifícios adicionais. Uma vez que somos por natureza<br />

indispostos ao <strong>de</strong>ver da oração, corre-se o risco <strong>de</strong> que nos tornemos<br />

remissos, e gradualmente a omitamos completamente, a menos que<br />

nos restrinjamos a uma <strong>de</strong>terminada regra. Ao <strong>de</strong>signar horas específicas<br />

e fixas para observar-se o culto divino, não po<strong>de</strong> haver dúvida <strong>de</strong><br />

que Deus tinha consi<strong>de</strong>ração pela enfermida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa natureza, e o<br />

19 “C’est, leur respondra.” – n.m.f. “Isto é, lhes respon<strong>de</strong>rá.”<br />

20 Ainsworth tem esta redação: “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antigüida<strong>de</strong>.” Boothryd: “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a eternida<strong>de</strong>.”

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