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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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494 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

Seus inimigos o emboscavam em sua ar<strong>de</strong>nte expectativa <strong>de</strong> concretizar<br />

sua <strong>de</strong>struição, e insidiosamente aguardavam uma oportunida<strong>de</strong>;<br />

mas Deus o livra, para a <strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong>les. Ele roga para que Deus golpeie<br />

seus inimigos com vergonha e opróbrio, ao frustrar as expectativas<br />

<strong>de</strong>les. O livramento que Davi antecipava era inusitado e miraculoso;<br />

e portanto acrescenta que <strong>de</strong>pendia inteiramente da misericórdia e<br />

da verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, as quais ele representa aqui como as mãos, por<br />

assim dizer, pelas quais a assistência divina se esten<strong>de</strong> a seu povo.<br />

[vv. 4-6]<br />

Minha alma está entre leões; 7 e me ponho até mesmo entre aqueles que são<br />

abrasados, 8 ainda os filhos dos homens cujos <strong>de</strong>ntes são lanças e flechas,<br />

e sua língua, uma espada afiada. Exalta-te, ó Deus, acima dos céus; que tua<br />

glória esteja acima <strong>de</strong> toda a terra. Prepararam uma re<strong>de</strong> para meus passos;<br />

minha alma está encurvada; cavaram uma cova diante <strong>de</strong> mim, porém<br />

eles mesmos caíram no meio <strong>de</strong>la.<br />

4. Minha alma está entre leões. Ele uma vez mais insiste sobre<br />

a cruelda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus inimigos como uma súplica com vista a prevalecer<br />

com Deus para uma ação mais rápida. Ele os compara a leões,<br />

fala <strong>de</strong>les como inflamados com fúria ou ódio implacável, e seus<br />

<strong>de</strong>ntes são semelhantes a lanças e flechas. Quanto ao que ele diz<br />

<strong>de</strong> suas línguas, sua alusão é às virulentas calúnias que são mascateadas<br />

pelos ímpios, as quais abrem uma ferida mais profunda que<br />

qualquer espada por parte do inocente que os enfrenta. Davi, como<br />

7 “A tradução <strong>de</strong> Mudge é literal: ‘Ponho minha alma entre as leoas.’” – Arch. Secker. Isto está<br />

<strong>de</strong> acordo com a opinião <strong>de</strong> Bochart, o qual pensa que os animais aqui tencionados são leoas, propriamente<br />

enquanto dão <strong>de</strong> mamar a seus filhotes, momento em que são peculiarmente ferozes e<br />

perigosas. “Tampouco carece admiração”, observa ele, “que a leoa seja consi<strong>de</strong>rada a mais feroz<br />

entre os leões; pois a leoa se iguala, ou mesmo exce<strong>de</strong>, o leão em força e ferocida<strong>de</strong>”; e isto ele<br />

prova à luz dos testemunhos dos escritores antigos.<br />

8 Fry o traduz assim: “Ponho-me entre os filhos dos homens que são fogo chamejante, ou chamas<br />

abrasadoras.” Ainsworth o traduz assim: “Pessoas ar<strong>de</strong>ntes, ferozes e violentas, as quais<br />

ardiam com ira e inveja, e ainda inflamavam a outros. Dos tais Davi se queixou a Saul (1Sm 24.40).”<br />

French e Skinner o traduzem assim: “homens <strong>de</strong> espírito furioso; e observa que o hebraico é ar<strong>de</strong>ntes<br />

filhos dos homens, isto é, homens violentos que insistem em minha <strong>de</strong>struição.” Mant observa<br />

que po<strong>de</strong>ria ou ser “pessoas incendiadas, isto é, com fúria e malícia, ou, talvez, colonos em fogo,<br />

acen<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> males, incendiários.”

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