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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 47<br />

Há quem pense que este Salmo foi composto no tempo em<br />

que o templo foi <strong>de</strong>dicado e a arca do concerto estabelecida no<br />

santuário. Uma vez, porém, que esta uma conjetura que <strong>de</strong>sfruta<br />

<strong>de</strong> pouco apoio, talvez seja aconselhável, se eu não estiver<br />

equivocado, em vez nos <strong>de</strong>termos com isto, partir para a consi<strong>de</strong>ração<br />

do tema do Salmo e o uso ao ele <strong>de</strong>ve especialmente ser<br />

aplicado. Ele foi sem dúvida <strong>de</strong>signado a <strong>de</strong>terminadas santas assembléias,<br />

como facilmente se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>duzir à luz <strong>de</strong> todo o teor<br />

do poema. É provável que fosse composto por Davi e entregue<br />

por ele aos levitas para ser entoado por eles antes que o templo<br />

fosse erigido, e quando a arca ainda habitava o tabernáculo.<br />

Qualquer que tenha sido seu autor, porém, ele exorta não só os<br />

israelitas, mas também todas as nações, a cultuarem o único e<br />

verda<strong>de</strong>iro Deus. Principalmente magnifica o favor que, segundo<br />

o estado <strong>de</strong> coisas naquele tempo, Deus graciosamente se dignou<br />

conce<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong> Abraão, e a salvação <strong>de</strong>stinada<br />

ao mundo inteiro procedia <strong>de</strong>sta fonte. Ele, contudo, contém, ao<br />

mesmo tempo, uma profecia acerca do futuro reino <strong>de</strong> Cristo. Ele<br />

ensina que a glória que então resplan<strong>de</strong>ceu sob a figura do santuário<br />

material difundirá seu esplendor mais e mais amplamente;<br />

quando Deus mesmo fizer os raios <strong>de</strong> sua graça brilhar em terras<br />

distantes, para que os reis e as nações se unam em comunhão<br />

com os filhos <strong>de</strong> Abraão.

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