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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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222 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

a Deus sinceramente, e no entanto nega que Deus tenha prazer em<br />

tais sacrifícios, po<strong>de</strong>-se facilmente inferir que os rudimentos nos quais<br />

Deus manteve jungido seu antigo povo por algum tempo tinham outro<br />

propósito em vista, e não passavam <strong>de</strong> infantis instruções <strong>de</strong>stinadas<br />

a prepará-los para alguma condição mais elevada. Mas se sua verda<strong>de</strong><br />

e substância se acham contidas em Cristo, é certo que foram abolidas<br />

com seu advento. É verda<strong>de</strong> que estavam ainda em vigor no tempo<br />

<strong>de</strong> Davi; e no entanto ele nos admoesta que o genuíno culto <strong>de</strong>vido a<br />

Deus, mesmo quando celebrado sem sacrifícios, era perfeito e completo<br />

em todas as suas partes e em todos os lugares; e que as cerimônias<br />

são coisas que po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas não essenciais e, por assim<br />

dizer, não adventícias. Isto é digno <strong>de</strong> observação, ou seja, saibamos<br />

que Deus, mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> remover as figuras que or<strong>de</strong>nara por certo<br />

tempo, a semelhança <strong>de</strong>le mesmo nunca cessa; pois nesses cultos<br />

exteriores ele visava unicamente os homens. Quanto ao fato <strong>de</strong> que<br />

o Apóstolo, seguindo a Septuaginta, fez a palavra corpo subserviente<br />

a seu próprio uso, a qual não é usada aqui por Davi, não há qualquer<br />

inconsistência em tal alusão. Pois ele não se ocupa expressamente <strong>de</strong><br />

expor e explicar, em cada ponto, a intenção do salmista; mas, como<br />

já havia dito que, pelo singular sacrifício <strong>de</strong> Cristo todos os <strong>de</strong>mais<br />

foram abolidos, ao mesmo tempo acrescenta que um corpo foi preparado<br />

para Cristo a fim <strong>de</strong> que, mediante a oferenda <strong>de</strong>le, pu<strong>de</strong>sse<br />

cumprir a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

[vv. 9-11]<br />

Tenho proclamado tua justiça na gran<strong>de</strong> assembléia; eis que não refreei<br />

meus lábios; ó Jehovah, tu o sabes! Não ocultei tua justiça <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> meu<br />

coração; <strong>de</strong>clarei tua verda<strong>de</strong> e tua salvação; não escondi tua bonda<strong>de</strong><br />

nem tua verda<strong>de</strong> na gran<strong>de</strong> assembléia. Tu, ó Jehovah, não <strong>de</strong>svies <strong>de</strong> mim<br />

tuas ternas misericórdias; que tua benevolência e tua verda<strong>de</strong> me preservem<br />

sempre.<br />

9. Tenho proclamado tua justiça na gran<strong>de</strong> assembléia. Nesta<br />

expressão Davi uma vez mais apresenta sua gratidão pessoal, e por nenhuma<br />

outra razão senão para induzir a Deus a continuar exercendo sua

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