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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 45 • 315<br />

uma pequena porção <strong>de</strong> seu reino. Não existiu nenhum <strong>de</strong> seus verda<strong>de</strong>iros<br />

e legítimos sucessores que alcançaram o mesmo po<strong>de</strong>r que<br />

ele <strong>de</strong>sfrutara, senão que, sendo príncipes só <strong>de</strong> uma única tribo e <strong>de</strong><br />

uma parte do povo, ficaram, por essa conta, fechados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> tacanhos<br />

limites, e, como costumamos dizer, tiveram suas asas aparadas. 17<br />

Mas como a vinda <strong>de</strong> Cristo, a qual se <strong>de</strong>u no encerramento da Igreja<br />

antiga e no início da nova dispensação, é uma indubitável verda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

que os filhos foram gerados por ele, os quais <strong>de</strong> forma alguma eram<br />

inferiores a seus pais, quer em número quer em excelência, e quem<br />

ele estabeleceu por governantes sobre o mundo inteiro. Na estima do<br />

mundo, a ignomínia da cruz obscurece a glória da Igreja; mas quando<br />

consi<strong>de</strong>ramos quão portentosamente ela tem se expandido e o quanto<br />

tem se distinguido por dons espirituais, é preciso confessar que não<br />

é sem razão que sua glória é nesta passagem celebrada em linguagem<br />

tão sublime. Entretanto, é preciso observar-se que a soberania da qual<br />

se faz menção aqui consiste não nas pessoas dos homens, senão que<br />

se refere à cabeça. Segundo a freqüente forma <strong>de</strong> expressão na Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus, o domínio e o po<strong>de</strong>r que pertencem propriamente à cabeça<br />

e se aplicam peculiar e exclusivamente a Cristo, em muitos lugares se<br />

atribuem a seus membros. Sabemos que os que ocupam eminentes posições<br />

na Igreja, e que governam no nome <strong>de</strong> Cristo, não exercem um<br />

domínio senhoril, mas, antes, atuam como servos. Não obstante, visto<br />

que Cristo lhes confiou seu evangelho, o qual é o cetro <strong>de</strong> seu reino, e<br />

lhes foi confiado para que o guardassem bem, eles exercem, <strong>de</strong> alguma<br />

forma, seu po<strong>de</strong>r. E <strong>de</strong> fato Cristo, através <strong>de</strong> seus ministros, pôs<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> seu domínio o mundo inteiro, e erigiu tantos principados<br />

sob sua autorida<strong>de</strong> quanto houver igrejas reunidas em torno <strong>de</strong>le em<br />

diversas nações através da pregação <strong>de</strong>les.<br />

17. Farei que teu nome seja lembrado. Isto também é igualmente<br />

inaplicável a Salomão, o qual, através <strong>de</strong> sua vergonhosa e ímpia<br />

rebelião, manchou a memória <strong>de</strong> seu nome com <strong>de</strong>sgraça. Ao poluir<br />

17 “Et (comme on dit) ont eu les ailes rongnees.” – v.f.

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