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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 37 • 155<br />

certa, da qual nossos filhos po<strong>de</strong>rão apropriar-se, do que quando<br />

Deus, recebendo-os <strong>de</strong> igual maneira em seu favor paternal,<br />

os faz partícipes <strong>de</strong> sua bênção.<br />

[vv. 27-29]<br />

Aparta-te do mal e faz o bem; e vivas para sempre. Pois Jehovah ama o<br />

juízo e não <strong>de</strong>sampara seus mansos; eles serão preservados para sempre;<br />

e a <strong>de</strong>scendência dos ímpios serão exterminados. Os justos herdarão a<br />

terra, e habitarão nela para sempre.<br />

27. Aparta-te do mal e faz o bem. Neste versículo Davi argumenta<br />

que, a fim <strong>de</strong> apropriarmo-nos da bem-aventurança da<br />

qual ele tem falado, é preciso que nos abstenhamos <strong>de</strong> toda sorte<br />

<strong>de</strong> mal, praticando os <strong>de</strong>veres humanitários, <strong>de</strong>votando-nos à<br />

prática do bem em favor <strong>de</strong> nosso próximo. Esta doutrina está em<br />

<strong>de</strong>sacordo com os ditames da natureza humana corrupta; mas,<br />

não obstante, é certo que muitos dos problemas e angústias em<br />

que toda a raça humana se acha envolvida proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> nenhuma<br />

outra causa senão <strong>de</strong>sta: que toda pessoa, respectivamente, em<br />

sua própria esfera, que entrega à injustiça, à frau<strong>de</strong>, à extorsão<br />

e à prática do mal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhosamente rejeita a bênção <strong>de</strong> Deus.<br />

E assim, é em conseqüência das barreiras que os homens põem<br />

em seu próprio caminho que não atingem a felicida<strong>de</strong> neste mundo,<br />

e que cada pessoa, em seu próprio ambiente, não possui a<br />

paz e a tranqüilida<strong>de</strong> que lhe pertencem. É então com a elevada<br />

proprieda<strong>de</strong> que Davi passa da doutrina do contexto prece<strong>de</strong>nte<br />

a esta exortação; pois se os mansos possuem a terra, então cada<br />

um <strong>de</strong>les, quando respeita sua própria felicida<strong>de</strong> e paz, <strong>de</strong>ve<br />

também diligenciar-se por andar <strong>de</strong> forma íntegra e aplicar-se<br />

às obras <strong>de</strong> beneficência. É preciso observar também que ele<br />

conecta estas duas coisas: primeira, que os fiéis <strong>de</strong>vem praticar<br />

o bem <strong>de</strong> forma estrita; e, segunda, que <strong>de</strong>vem refrear-se <strong>de</strong> fazer<br />

disso” (Gn 28.3; 1 Pe 3.9); e que eles têm ainda abundância, não obstante a liberalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus<br />

pais; pois “a bênção do Senhor enriquece” (Pv 10.22).

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