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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 621<br />

que tinha mais especificamente em vista, dando-lhe mais extensão e<br />

em termos da mais exaltada natureza; louvando a magistral exibição<br />

do po<strong>de</strong>r divino que ele, bem como toda a nação com ele, haviam<br />

experimentado. Agora que se tornara rei, ele infere que a Igreja fora<br />

conduzida a uma condição estável, e que Deus, que parecia haver-se<br />

afastado, finalmente erigiria seu trono, por assim dizer, no meio <strong>de</strong>la,<br />

e reinaria. Disto, evi<strong>de</strong>ntemente, transparece que ele <strong>de</strong>cidira, tipicamente,<br />

representar a glória <strong>de</strong> Deus que mais tar<strong>de</strong> se manifestaria em<br />

Cristo.<br />

Ao regente <strong>de</strong> música. Salmo ou cântico <strong>de</strong> Davi.<br />

[vv. 1-6]<br />

Deus se erguerá; seus inimigos se dispersarão; e os que o o<strong>de</strong>iam fugirão<br />

diante <strong>de</strong>le. Como a fumaça se dissipa, eles serão dissipados; como a cera<br />

se <strong>de</strong>rrete diante do fogo, os ímpios perecerão da presença <strong>de</strong> Deus. Os<br />

justos, porém, se alegrarão; jubilarão diante <strong>de</strong> Deus e saltarão <strong>de</strong> alegria.<br />

Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; exaltai aquele que cavalga as<br />

nuvens em Jah, 2 seu nome [ou, em seu nome Jah], e regozijai diante <strong>de</strong>le.<br />

Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus na habitação <strong>de</strong> sua santida<strong>de</strong>. Deus<br />

que põe o solitário em famílias, que liberta os que se acham presos com<br />

ca<strong>de</strong>ias; 3 os rebel<strong>de</strong>s, porém, habitarão numa terra árida.<br />

1. Deus se erguerá; seus inimigos se dispersarão. O salmista,<br />

neste versículo, comunica, como se fosse à guisa <strong>de</strong> prefácio, o<br />

tema a que propusera tratar no Salmo, e o qual se relacionava com<br />

a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> que Deus, por mais que parecesse ser conivente com<br />

a audácia e cruelda<strong>de</strong> dos inimigos <strong>de</strong> sua Igreja, eventualmente se<br />

ergueria para vingá-la e comprovaria ser po<strong>de</strong>roso para protegê-la<br />

2 “C’est, Qui est Jah, ou l’Eternel?” – n.m.f. “Isto é, Quem é Jah, ou Jehovah?” Jah parece ser simplesmente<br />

uma contração da palavra Jehovah, o nome que expressa, até on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> expressar-se<br />

por meio <strong>de</strong> palavras, a essência, a auto-existência e a eternida<strong>de</strong> do Ser Supremo.<br />

3 A palavra original, twr?wkb, bakosharoth, a qual Calvino traduz, com ca<strong>de</strong>ias, é traduzida por<br />

Dathe, ad abundantiam; e por Berlin, ad opimitates; e é explicada por Simeão, em seu Léxico, como<br />

“loca omnibus, affluentia proprie abundantiae.” Segundo Gesenius, hr?wk <strong>de</strong>nota “felicida<strong>de</strong>,<br />

abundância, prosperida<strong>de</strong>”. A LXX a traduz assim: evn avndre,ia|, em força, isto é, preso com firmeza.<br />

Fry tem a redação: “Apresentando os prisioneiros nos cenários <strong>de</strong> abundância.”

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