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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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como a antigüida<strong>de</strong> dos céus nos revela a singular excelência da<br />

obra <strong>de</strong> Deus. Havendo feito menção da obra da criação, ele especifica<br />

o trovão, pois isso é o que preten<strong>de</strong> com a expressão: uma<br />

voz po<strong>de</strong>rosa, como no Salmo 29.4. Há duas construções nas quais<br />

po<strong>de</strong>mos elaborar as palavras usadas: ou que, por meio <strong>de</strong> sua voz<br />

<strong>de</strong> comando, ele manda os trovões para estremecerem os céus e a<br />

terra com o estrondo <strong>de</strong> seu estampido, ou que ele envia sua po<strong>de</strong>rosa<br />

voz através do trovão. Já <strong>de</strong>monstrei, em certa extensão, ao<br />

comentar a outra passagem já citada, que há certa proprieda<strong>de</strong> em<br />

ser Deus representado como a trovejar; pois o fenômeno é tal que,<br />

mais que qualquer outro, imprime temor nos espíritos humanos. E<br />

as palavras são introduzidas com a exclamação: eis! para melhor<br />

atrair nossos pensamentos dispersivos, ou, melhor, para repreen<strong>de</strong>r<br />

nossa indiferença.<br />

34. Atribui a Deus força sobre Israel. A expressão é uma alusão<br />

à sentença que veio antes, na qual se diz que Deus emitiu uma forte e<br />

po<strong>de</strong>rosa voz. Não significa que, propriamente falando, po<strong>de</strong>mos atribuir-lhe<br />

tudo, mas que, dispostos como somos a retrair a honra que<br />

lhe é <strong>de</strong>vida, Davi junta ao que já havia dito <strong>de</strong> seu trovejar com po<strong>de</strong>rosa<br />

voz, uma or<strong>de</strong>m a que nós, <strong>de</strong> nossa parte, estejamos prontos a<br />

fazer ressoar seus louvores. Para guardar as nações gentílicas contra<br />

as falsas idéias acerca da religião, nas quais costumavam refestelar-se,<br />

ele os traz <strong>de</strong> volta à doutrina da Lei, na qual Deus especialmente se<br />

revelara, e notifica que, caso não se entregassem ao erro, avançassem<br />

passo a passo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação e governo do mundo, àquela doutrina<br />

na qual Deus con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ra fazer uma familiar revelação <strong>de</strong> si aos<br />

homens. Portanto, muito se acha incluso quando aqui se diz <strong>de</strong> Deus<br />

como o Deus <strong>de</strong> Israel. O salmista, porém, não se satisfaz em intimá-<br />

-los a celebrarem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus com louvores vocais. Ele os exorta<br />

ao exercício da fé, pois na verda<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>mos atribuir força a Deus<br />

melhor do que repousando em sua proteção como sendo por si só su-

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