31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 41 • 243<br />

11. Com isto eu sei que fui aceito por ti. Davi então parte para<br />

o exercício <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> graças; aliás, a não ser que, mediante a alteração<br />

do tempo do verbo, queiramos, antes, ler com alguém este<br />

versículo em conexão com o prece<strong>de</strong>nte, assim: Nisto saberei que<br />

me favoreceste; se não toleras que meus inimigos triunfem sobre<br />

mim. Mas a<strong>de</strong>qua-se muito mais enten<strong>de</strong>r a frase como uma expressão<br />

<strong>de</strong> alegria em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> algum livramento que Deus lhe havia<br />

concedido. Depois <strong>de</strong> ter oferecido suas orações, ele então atribui a<br />

Deus seu livramento e fala <strong>de</strong>le como um benefício manifesto e singular<br />

que havia recebido <strong>de</strong>le. Contudo, é possível que se pergunte<br />

se é um método suficientemente seguro <strong>de</strong> chegarmos ao conhecimento<br />

do amor divino para conosco pelo fato <strong>de</strong> Deus tolerar que<br />

nossos inimigos triunfem sobre nós. Pois amiú<strong>de</strong> suce<strong>de</strong>rá que uma<br />

pessoa seja libertada do perigo, e que a mesma, não obstante, não é<br />

vista por Deus com agrado; e, além disso, o beneplácito divino para<br />

conosco é conhecido principalmente em sua palavra, e não simplesmente<br />

mediante a experiência. A resposta a isso é fácil. Davi não era<br />

<strong>de</strong>stituído <strong>de</strong> fé, mas para a confirmação <strong>de</strong>la ele tirava proveito<br />

dos auxílios que Deus mais tar<strong>de</strong> acrescentara à sua Palavra. Ao falar<br />

assim, ele parece referir não só ao favor e beneplácito que Deus<br />

conce<strong>de</strong>ra a todos os fiéis em comum, mas ao favor especial que<br />

Deus lhe conferira, escolhendo-o para ser rei; como se quisesse dizer:<br />

Agora, Senhor, sou mais e mais confirmado na confiança <strong>de</strong> que<br />

te dignaste adotar-me para ser o primogênito entre os reis da terra.<br />

E assim ele esten<strong>de</strong> o auxílio divino a toda a condição do reino, por<br />

meio do qual fora libertado da mesma calamida<strong>de</strong> particular.<br />

12. E quanto a mim, tu me sustentarás em minha integrida<strong>de</strong>.<br />

Há quem exponha a cláusula assim: visto que Davi seguia após a integrida<strong>de</strong>,<br />

Deus esten<strong>de</strong>u para ele sua mão. Esta interpretação, porém,<br />

não concorda muito bem com a frase prece<strong>de</strong>nte, na qual reconhecia<br />

que havia sido justamente castigado por Deus. A calamida<strong>de</strong> que lhe<br />

sobreviera o expusera aos insultos e escárnios <strong>de</strong> seus inimigos; mas<br />

não é provável que fossem os autores <strong>de</strong>la; e por isso teria sido ino-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!