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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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306 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

é ao mesmo tempo geralmente acrescentada para fazer distinção<br />

entre eles e o único e verda<strong>de</strong>iro Deus. Aqui, porém, se aplica a<br />

Cristo, simplesmente e sem qualquer qualificação. Não obstante,<br />

é da máxima importância observar que Cristo é aqui apresentado<br />

tal como ele é “Deus manifestado em carne” [1Tm 3.16]. Ele é também<br />

chamado Deus, visto ser ele a Palavra, gerada do Pai antes <strong>de</strong><br />

todos os mundos; mas aqui ele é anunciado no caráter <strong>de</strong> Mediador,<br />

e é neste sentido que também se faz menção <strong>de</strong>le um pouco<br />

<strong>de</strong>pois, como estando sujeito a Deus. E, <strong>de</strong> fato, se o você limitar<br />

a natureza divina que aqui se diz que seu reino é <strong>de</strong> duração eterna,<br />

nos privaremos do inestimável benefício que nos resulta <strong>de</strong>sta<br />

doutrina, quando apren<strong>de</strong>mos que, visto ser o cabeça da Igreja, o<br />

autor e protetor <strong>de</strong> nosso bem-estar, ele reina não meramente por<br />

certo tempo, mas possui uma soberania infindável; porque disto<br />

<strong>de</strong>duzimos uma mais profunda confiança tanto na vida quanto na<br />

morte. Do versículo seguinte também transparece claramente que<br />

Cristo nos é aqui exibido no caráter <strong>de</strong> Mediador. Porquanto aqui<br />

nos é <strong>de</strong>clarado que foi ungido <strong>de</strong> Deus; sim, muito acima <strong>de</strong> seus<br />

companheiros [Is 42.1; Hb 2.17]. Isto, contudo, não po<strong>de</strong> aplicar-se<br />

à eterna Palavra <strong>de</strong> Deus, mas a Cristo na carne, e neste caráter ele<br />

é tanto o Servo <strong>de</strong> Deus quanto nosso Irmão.<br />

[vv. 8-12]<br />

Todas as tuas vestes recen<strong>de</strong>m a mirra e a aloés e a cássia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os palácios<br />

<strong>de</strong> marfim, don<strong>de</strong> te tornaram alegre. As filhas dos reis estavam<br />

entre tuas mulheres ilustres; 6 à tua direita 7 estava tua consorte, ornada<br />

<strong>de</strong> finíssimo ouro <strong>de</strong> Ofir. 8 Ouve, ó filha, e consi<strong>de</strong>ra, e inclina teu ouvido,<br />

esquece teu próprio povo e a casa <strong>de</strong> teu pai. E o rei <strong>de</strong>sejará muitíssimo<br />

tua formosura; pois ele é teu Senhor e tu o adorarás. 9 E a filha <strong>de</strong> Tiro com<br />

um presente; os ricos <strong>de</strong>ntre o povo suplicarão tua face.<br />

6 “Ou, d’honneur.” – n.m.f. “Damas <strong>de</strong> honra.”<br />

7 À mão direita era o lugar <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong> e honra.<br />

precio- Ophir; em ouro <strong>de</strong> Ofir, em um manto dourado. Ofir era um país da Índia rico em ouro ‏,אופור“‏ 8<br />

so (1Rs 9.28), cujo ouro era obryzum ou ophrizum, isto é, muito excelente.” – Bythner’s Lyra.<br />

9 “C’est, luy porteras reverence.” – n.m.f. “Isto é, tu o reverenciarás.”

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