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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 42 • 247<br />

muito mais apto <strong>de</strong> executar do que eles? Portanto, quanto a mim,<br />

parece mais provável que os filhos <strong>de</strong> Coré são aqui mencionados<br />

porque este Salmo lhes foi confiado como um precioso tesouro a ser<br />

preservado por eles, como sabemos que do número dos cantores,<br />

alguns foram escolhidos e <strong>de</strong>signados como os protetores dos <strong>Salmos</strong>.<br />

De não haver qualquer menção do nome <strong>de</strong> Davi, por si mesmo<br />

não envolve qualquer dificulda<strong>de</strong>, visto vermos a mesma omissão<br />

em outros <strong>Salmos</strong>, dos quais há, não obstante, um base mais forte<br />

para se concluir que ele foi o autor. Quanto à palavra ‏,משכיל makil,<br />

já fiz algumas observações sobre ela no Salmo 32. Esta palavra, é<br />

verda<strong>de</strong>, é às vezes encontrada no título <strong>de</strong> outros <strong>Salmos</strong> além<br />

daqueles nos quais Davi <strong>de</strong>clara que se sujeitara à vara disciplinar<br />

<strong>de</strong> Deus. Entretanto, é preciso observar-se que ele é a<strong>de</strong>quadamente<br />

aplicado aos castigos, visto o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong>les ser a instrução dos<br />

filhos <strong>de</strong> Deus, quando não tiram suficiente proveito da doutrina.<br />

Quanto ao tempo específico da composição <strong>de</strong>ste Salmo, os expositores<br />

não chegam a um consenso unânime. Há quem suponha<br />

que Davi, aqui, se queixa <strong>de</strong> sua calamida<strong>de</strong>, quando foi expulso do<br />

trono por seu filho Absalão. Mas estou antes disposto a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

uma opinião diferente, fundada, se não engano, em boas razões. A<br />

rebelião <strong>de</strong> Absalão foi imediatamente reprimida, <strong>de</strong> modo que não<br />

impediu por muito tempo a Davi do acesso ao santuário. E todavia,<br />

a lamentação que ele aqui faz se refere expressamente a um longo<br />

estado <strong>de</strong> exílio, sob o qual ele se <strong>de</strong>bilitou e, por assim dizer, foi<br />

dominado <strong>de</strong> tristeza. Não o sofrimento <strong>de</strong> uns poucos dias o que<br />

ele <strong>de</strong>screve no terceiro versículo; sim, o escopo da composição<br />

inteira revelará claramente que ele se enfraquecera por um longo<br />

tempo na <strong>de</strong>plorável condição da qual fala. Tem-se alegado como<br />

um argumento contra conectar este Salmo ao reinado <strong>de</strong> Saul, ou<br />

seja, que a arca do concerto era negligenciada durante seu reinado,<br />

<strong>de</strong> modo que não é provável que Davi, naquele tempo, conduzisse<br />

os mencionados serviços corais no santuário; este argumento, porém,<br />

não é muito conclusivo; pois embora Saul só cultuasse a Deus

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