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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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140 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

todos os lados com terrores, os fiéis se regozijarão na abundância <strong>de</strong><br />

paz. Não significa que são isentos <strong>de</strong> problemas, mas são sustentados<br />

pela tranqüilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas mentes; <strong>de</strong> modo que, computando todas<br />

as provações que suportam, sendo <strong>de</strong> caráter temporário, eles agora<br />

se regozijam na esperança do repouso prometido.<br />

[vv. 12-15]<br />

O ímpio trama contra o justo, e contra ele rilha seus <strong>de</strong>ntes. Mas o Senhor 14<br />

ri <strong>de</strong>le; pois vê que vem chegando seu dia. Os ímpios <strong>de</strong>sembainham sua<br />

espada e retesam seu arco, para <strong>de</strong>rrubarem o pobre e necessitado e para<br />

matarem os que são <strong>de</strong> caminhos íntegros. Sua espada, porém, penetrará<br />

seu próprio coração, e seu arco será quebrado.<br />

12. O ímpio trama contra o justo. Davi, neste ponto, antecipa uma<br />

objeção que bem po<strong>de</strong>ria ter surgido no versículo anterior. Po<strong>de</strong>r-se-<br />

-ia dizer: Como é possível encontrar tranqüilida<strong>de</strong> e alegria quando<br />

os ímpios estão enlouquecidos e enraivecidos, e tramam todo gênero<br />

<strong>de</strong> malda<strong>de</strong> contra os filhos <strong>de</strong> Deus? E como nutrirão boa esperança<br />

quanto ao futuro quando se vêem cercados por infindáveis fontes <strong>de</strong><br />

morte? Davi, pois, respon<strong>de</strong>: Embora a vida dos santos seja assaltada<br />

por muitos perigos, contudo estão seguros no socorro e proteção <strong>de</strong><br />

Deus; e embora os ímpios tramem contra eles, serão continuamente<br />

preservados. E assim, o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> Davi é prevenir nossos temores,<br />

para que a malícia dos ímpios não nos terrifique além <strong>de</strong> toda<br />

medida, como se <strong>de</strong>tivessem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fazer conosco tudo quanto<br />

lhes apraz. 15 Ele, aliás, confessa que são não só cheios <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> e<br />

expertos em enganar, mas também que ar<strong>de</strong>m em sua raiva e nutrem<br />

um furioso <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fazer dano, quando ele diz: eles tramam<br />

fraudulentamente fazer dano aos justos, e contra eles rilham seus<br />

<strong>de</strong>ntes. Mas após fazer esta afirmação, ele imediatamente adiciona<br />

que seus esforços serão frustrados. Ele, porém, parece oferecer-nos<br />

uma consolação muito fria para nosso sofrimento, pois apresenta<br />

14 Dominus. Hebraico, ‏,אתי Adonai.<br />

15 “Comme s’ils avoyent puissance <strong>de</strong> faire <strong>de</strong> nous à leur plaisir.” – v.f.

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