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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 51 • 423<br />

é uma obra peculiar do Espírito Santo para aspergir interiormente<br />

nossas consciências com o sangue <strong>de</strong> Cristo, e, ao remover o senso<br />

<strong>de</strong> culpa, assegurar nosso acesso à presença <strong>de</strong> Deus.<br />

Nos dois versículos que se seguem, o salmista ora para que Deus<br />

seja pacificado em relação a ele. Os que restringem <strong>de</strong>masiadamente o<br />

significado das palavra, têm sugerido que ao orar para ouvir a voz <strong>de</strong><br />

júbilo e alegria, ele pe<strong>de</strong> que algum profeta seja enviado a fim <strong>de</strong> garantir-lhe<br />

o perdão. Ele ora, em geral, por testemunhos do divino favor.<br />

Ao falar <strong>de</strong> seus ossos como que tendo sido quebrados, sua alusão é à<br />

extrema tristeza e esmagadora angústia a que fora reduzido. A alegria<br />

do Senhor reanimaria sua alma; e esta alegria ele <strong>de</strong>screve como sendo<br />

obtida pelo ouvir; pois é tão-somente a Palavra <strong>de</strong> Deus que po<strong>de</strong> primeiro<br />

e eficazmente tornar jovial o coração <strong>de</strong> qualquer pecador. Não<br />

há nenhuma paz genuína e sólida que seja <strong>de</strong>sfrutada neste mundo senão<br />

na atitu<strong>de</strong> repousante nas promessas <strong>de</strong> Deus. Os que não lançam<br />

mão <strong>de</strong>las po<strong>de</strong>m ser bem sucedidos por algum tempo em abafar ou<br />

expulsar os terrores da consciência, mas sempre <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar<br />

do genuíno conforto íntimo. E, admitindo-se que alcancem a paz da<br />

insensibilida<strong>de</strong>, este não é um estado que possa satisfazer alguém que<br />

tem seriamente sentido o temor do Senhor. A alegria que ele <strong>de</strong>seja é<br />

aquele que flua do ouvir a Palavra <strong>de</strong> Deus, na qual ele promete perdoar<br />

nossa culpa e nos readmite em seu favor. É tão-somente esta que<br />

sustenta o crente em meio a todos os temores, perigos e exaustão em<br />

sua peregrinação terrena; pois a alegria do Espírito é inseparável da<br />

fé. Ao afirmar-se, no versículo 9, que Deus escon<strong>de</strong> seu rosto <strong>de</strong> nossos<br />

pecados, isto significa sua ação em perdoá-los, como é explicado na<br />

cláusula imediatamente anexa – apaga todos os meus pecados. Isto<br />

representa nossa justificação como que consistindo num voluntário<br />

ato divino, por meio do qual ele se con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong> em perdoar todas as<br />

nossas iniqüida<strong>de</strong>s; e representa nossa purificação como que consistindo<br />

na recepção <strong>de</strong> um perdão gratuito. Reiteramos a observação<br />

que já fizemos, ou seja, que Davi, ao reiterar seu pedido em prol da<br />

misericórdia <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>monstra a profunda ansieda<strong>de</strong> que sentia por

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