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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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150 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

meborakayv, ativamente, como se fosse: Os que abençoam os justos<br />

possuirão etc.; 26 mas isto é tacanho e absurdo. O significado é<br />

simplesmente este: que tudo quanto <strong>de</strong> que necessitamos para a<br />

preservação e manutenção da vida e para o exercício <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong><br />

para com outros, não nos vem nem do céu nem da terra, mas<br />

unicamente do favor e da bênção divina; e que, se ele porventura<br />

subtraísse <strong>de</strong> nós sua graça, a abundância do mundo inteiro não<br />

nos satisfaria.<br />

[vv. 23-26]<br />

Os passos <strong>de</strong> um homem são dirigidos por Jehovah, e em seu caminho<br />

se <strong>de</strong>leitará [ou, terá prazer]. Ainda que caia, não ficará completamente<br />

prostrado; pois Jehovah o sustém com sua mão. Já fui jovem, e agora estou<br />

velho; e no entanto nunca vi o justo <strong>de</strong>samparado, nem sua <strong>de</strong>scendência<br />

a mendigar o pão. Ele é diariamente misericordioso e empresta, e sua <strong>de</strong>scendência<br />

é para a bênção.<br />

23. Os passos <strong>de</strong> um homem são dirigidos por Jehovah. Alguns<br />

mantêm juntas estas duas coisas: primeiro, que os passos dos<br />

santos são or<strong>de</strong>nados pela graça <strong>de</strong> Deus, visto que os homens,<br />

por sua própria força, não seguem o que é justo e certo, mas só<br />

até on<strong>de</strong> o Espírito <strong>de</strong> Deus os dirige; e daí vem o segundo ponto,<br />

a saber, que Deus favorece e aprova o que é <strong>de</strong>le. Davi, porém,<br />

simplesmente continua seu enaltecimento da divina bênção para<br />

com os fiéis, <strong>de</strong> quem isto é especialmente digno <strong>de</strong> ser lembrado,<br />

ou seja, que em tudo quanto empreen<strong>de</strong>m fazer sempre terão<br />

um favorável e feliz resultado. Ao mesmo tempo, a razão por que<br />

Deus coroa com prosperida<strong>de</strong> e sucesso todos os nossos esforços<br />

ao longo da trajetória <strong>de</strong> nossa vida, é para que seja observado o<br />

seguinte: porque nada intentamos que não seja para seu agrado.<br />

Pois consi<strong>de</strong>ro que se usa a conjunção e, na segunda cláusula do<br />

versículo, quando se <strong>de</strong>veria usar a partícula causal porque ou visto<br />

que, e explica todo o versículo assim: Visto que o caminho dos san-<br />

26 “Comme s’il y avoit, Ceux qui beniront les justes, posse<strong>de</strong>ront” &c. – v.f.

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