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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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464 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

aven, e ‏,עמל amal. Ao anunciar que a perversida<strong>de</strong> estava no meio da<br />

cida<strong>de</strong>, e a frau<strong>de</strong> e malícia em suas ruas, ele aponta para a genuína<br />

fonte dos crimes prevalecentes. Mesmo quando se <strong>de</strong>via esperar que<br />

os que eram interiormente corruptos e entregues a vícios tão nocivos,<br />

entregavam-se à violência e em perseguir o pobre e in<strong>de</strong>feso. Em termos<br />

gerais, ele <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado como a apontar, nesta passagem,<br />

para as <strong>de</strong>ploráveis confusões que caracterizavam o governo <strong>de</strong> Saul,<br />

quando a justiça e a or<strong>de</strong>m haviam sido, <strong>de</strong> certa maneira, banidas do<br />

reino. E se sua <strong>de</strong>scrição visava a uma cida<strong>de</strong> ou a muitas, o fato é que<br />

os transtornos seguramente haviam alcançado uma crise <strong>de</strong> tal proporção,<br />

numa nação que professava a genuína religião, que qualquer uma<br />

<strong>de</strong> suas cida<strong>de</strong>s tinha assim se tornado num covil <strong>de</strong> ladrões. É bom<br />

que se observe também que Davi, ao pronunciar uma maldição, como<br />

faz no Salmo que se acha diante <strong>de</strong> nossos olhos, sobre as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta<br />

<strong>de</strong>scrição, obviamente era suportado pelo que teria sido o juízo do<br />

Espírito Santo contra eles.<br />

[vv. 12-15]<br />

Na verda<strong>de</strong>, não era um inimigo que me lançava opróbrio, porque então<br />

eu o teria suportado; 13 nem era um adversário que se engran<strong>de</strong>cia contra<br />

mim, porque então <strong>de</strong>le me teria escondido. 14 Mas eras tu, homem meu<br />

igual, meu guia e meu amigo íntimo. Suavemente trocávamos nossas idéias<br />

mais secretas; 15 e andávamos em companhia na casa <strong>de</strong> Deus. Que a morte<br />

se apo<strong>de</strong>re <strong>de</strong>les, que <strong>de</strong>sçam vivos à sepultura; porque há perversida<strong>de</strong><br />

em sua habitação e no meio <strong>de</strong>les.<br />

12. Na verda<strong>de</strong>, não era um inimigo que me lançava opróbrio.<br />

Ele nos informa <strong>de</strong> uma circunstância que acrescia amargura às injúrias<br />

sob as quais sofria e que havia vindo das mãos não só dos<br />

inimigos confessos, mas daqueles que pretendiam ser seus amigos.<br />

Equivocam o significado <strong>de</strong> ‏,נשא nasa, aqueles que interpretam Davi<br />

a dizer que po<strong>de</strong>ria ter pacientemente suportado o opróbrio <strong>de</strong> um<br />

13 “C’est, receu et soustenu le coup.” – n.m.f. “Isto é, recebia e sustinha o golpe.”<br />

14 “C’est, donné gar<strong>de</strong>.” – n.m.f. “Isto é, sido meu guarda.”<br />

15 “A frase, סור ‏,נמתיק se lerá literalmente: ’Fizemos nosso doce secrego.’ E assim ela po<strong>de</strong><br />

elegantemente significar a prazer <strong>de</strong> sua amiza<strong>de</strong>, ou <strong>de</strong> lhe comunicar segredo.” – Hammond.

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