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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 34 • 79<br />

em proce<strong>de</strong>r assim do que se lucra com a pilhagem e a rapina; porquanto<br />

o Senhor nutre seu povo enquanto até os leões e outras feras que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> suas presas às vezes passam fome. O que ele diz, pois, é que,<br />

enquanto os leões perecem <strong>de</strong> fome e <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, Deus não <strong>de</strong>sapontará<br />

os justos e sinceros em sua carência <strong>de</strong> alimento, os quais, contentes<br />

só com as bênçãos divinas, buscam seu alimento tão-somente nas mãos<br />

<strong>de</strong> Deus. Portanto, quem quer que, <strong>de</strong>sta forma, se entrega aos cuidados<br />

divinos e confiam implicitamente na paternal bonda<strong>de</strong> e liberalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus, viverá tranqüila e pacificamente entre os homens, e não experimentará<br />

nenhum dano. Se alguém apresentar alguma objeção, dizendo que os<br />

bons e os virtuosos nem sempre são isentos <strong>de</strong> penúrias, minha resposta<br />

é que a mão <strong>de</strong> Deus se esten<strong>de</strong> para socorrê-los no <strong>de</strong>vido tempo, quando<br />

forem reduzidos às maiores aperturas, e não sabem que rumo tomar, 13<br />

<strong>de</strong> modo que os resultados sempre revelam que não buscamos em vão,<br />

nele [Deus], tudo quanto é necessário à subsistência da vida.<br />

[vv. 11-14]<br />

Vin<strong>de</strong>, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor <strong>de</strong> Jehovah. Quem é o homem<br />

que <strong>de</strong>seja a vida, e quer longos dias para ver o bem? Guarda tua<br />

língua do mal e teus lábios <strong>de</strong> falarem dolosamente. Aparta-te do mal e faz<br />

o bem; busca a paz e segue-a.<br />

11. Vin<strong>de</strong>, filhos, 14 ouvi-me. O salmista continua, com crescente<br />

solicitu<strong>de</strong>, a exortar os fiéis a que saibam que nada po<strong>de</strong> ser-lhes mais proveitoso<br />

que conduzir-se <strong>de</strong> forma justa e irrepreensível em relação a todos<br />

os homens. Visto que a maioria dos homens imagina que a melhor e mais<br />

breve forma <strong>de</strong> alcançar a vida <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e tranqüilida<strong>de</strong> consiste em<br />

tentar exce<strong>de</strong>r os outros homens em violência, frau<strong>de</strong>, injustiça e outros<br />

meios <strong>de</strong> malefícios, às vezes se faz necessário reiterar esta doutrina. Além<br />

do mais, visto ser necessário que a mente dos homens seja conduzida a<br />

um estado <strong>de</strong> disciplina e humilda<strong>de</strong>, chamando-os <strong>de</strong> meus filhos, Davi se<br />

empenha, mediante este gentil e cortês apelo, a apaziguar todos os afetos<br />

13 “Et ne sçavent plus <strong>de</strong> quel costé se tourner.” – v.f.<br />

14 Era com este apelo afetivo que os mestres hebreus costumavam falar a seus alunos.

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