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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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126 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

-lhes dano, Davi implora a Deus que refreie suas mão e seus pés; e<br />

assim ele confessa que enfrenta o risco <strong>de</strong> se expor à sua insolência,<br />

ao seu abuso e à sua violência, a não ser que Deus venha celeremente<br />

em seu socorro.<br />

12. Ali se acham caídos os obreiros da iniqüida<strong>de</strong>. Aqui ele<br />

extrai confiança <strong>de</strong> sua oração, não duvidando que já havia obtido<br />

segundo seu pedido. E assim vemos como a certeza da fé dirige os<br />

santos à oração. Além disso, para confirmar ainda mais sua confiança<br />

e esperança em Deus, ele mostra, por assim dizer, apontando com o<br />

<strong>de</strong>do, a <strong>de</strong>struição certa dos perversos, mesmo que ela seja apenas<br />

uma visão embaçada do futuro. Neste aspecto, o advérbio, ali, 13 não é<br />

supérfluo; pois embora os ímpios se vangloriam <strong>de</strong> sua boa fortuna, e<br />

o mundo os aplauda, Davi divisa com os olhos da fé, como se estivesse<br />

num posto <strong>de</strong> observação, a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong>les, e fala <strong>de</strong>la com tanta<br />

confiança como se já tivesse visto sua consumação. Para que nós também<br />

obtenhamos semelhante certeza, lembremo-nos <strong>de</strong> que os que se<br />

apressam prematuramente para o tempo da vingança <strong>de</strong> Deus sobre<br />

os maus, segundo o ardor <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sejos, na verda<strong>de</strong> erram, e que<br />

<strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>ixar para a providência <strong>de</strong> Deus a função <strong>de</strong> fixar o período<br />

em que, em sua sabedoria, ele se erguerá para o juízo. Ao dizer, Eles<br />

são <strong>de</strong>rrubados, o sentido é que são agitados pela dúvida e cambaleiam<br />

como num lugar escorregadio, <strong>de</strong> tal modo que, em meio à sua prosperida<strong>de</strong>,<br />

não sentem qualquer segurança. Finalmente, acrescenta-se<br />

que cairão em completa <strong>de</strong>struição, <strong>de</strong> modo que jamais se esperará<br />

que tornem a erguer-se.<br />

13 Hebraico, ‏,שם sham, ali, isto é, (apontando com o <strong>de</strong>do para um lugar específico), veja ali! Eis<br />

os obreiros da iniqüida<strong>de</strong> caídos. “Representa vividamente diante dos olhos”, diz Mudge, “a queda<br />

dos perversos. De todos os pontos don<strong>de</strong> praticam suas traições, recebem sua bancarrota.” Uma<br />

forma semelhante <strong>de</strong> expressão ocorre no Salmo 14.5.

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