31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 59 • 513<br />

carcerado para ser indubitavelmente <strong>de</strong>struído; pois os emissários<br />

<strong>de</strong> Saul foram enviados com or<strong>de</strong>ns não só quanto à sua apreensão,<br />

mas quanto à sua morte.<br />

[vv. 1-5]<br />

Livra-me, ó meu Deus, <strong>de</strong> meus inimigos! Põe-me fora do alcance daqueles<br />

que se insurgem contra mim. Livra-me dos obreiros da iniqüida<strong>de</strong>, e salve-<br />

-me dos homens sanguinários. Pois eis que se põem à espera <strong>de</strong> minha<br />

alma; os po<strong>de</strong>rosos se reúnem contra mim; não por transgressão minha,<br />

nem por pecado meu, ó Jehovah! Eles correm e se preparam sem culpa<br />

minha; <strong>de</strong>sperta e apressa-te em meu auxílio, e olha. E tu, ó Jehovah, Deus<br />

dos Exércitos, o Deus <strong>de</strong> Israel, <strong>de</strong>sperta para visitares todas as nações;<br />

não tenhas misericórdia <strong>de</strong> nenhum dos transgressores perversos. Selah.<br />

Livra-me, ó meu Deus, <strong>de</strong> meus inimigos! O salmista insiste na<br />

força e violência <strong>de</strong> seus inimigos, visando a incitar sua mente a um<br />

mais intenso fervor no <strong>de</strong>ver da oração. Ele <strong>de</strong>screve seus inimigos<br />

como insurgindo-se contra ele, em cuja expressão ele alu<strong>de</strong> não simplesmente<br />

à audácia ou ferocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus assaltos, mas à eminente<br />

superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que possuíam. E no entanto ele pe<strong>de</strong> que fosse<br />

elevado às alturas, por assim dizer, acima do alcance <strong>de</strong>ssa transbordante<br />

inundação. Sua linguagem nos ensina que <strong>de</strong>vemos crer na<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus em libertar-nos mesmo em ocasiões <strong>de</strong> emergência,<br />

quando nossos inimigos contam com esmagadora vantagem. No<br />

versículo que se segue, enquanto expressa o ponto extremo a que fora<br />

reduzido, ele chama a atenção, ao mesmo tempo, para a injustiça e<br />

cruelda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus perseguidores. Imediatamente a seguir, ele conecta<br />

as duas bases <strong>de</strong> sua queixa: <strong>de</strong> um lado, seu completo <strong>de</strong>samparo<br />

ante o perigo; e, do outro, a injusta natureza dos assaltos que sofria. Já<br />

observei reiteradamente que nossa confiança em nossas solicitações<br />

ao trono da graça será proporcional ao grau em que somos cônscios<br />

<strong>de</strong> integrida<strong>de</strong>; pois não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> sentir maior liberda<strong>de</strong> em<br />

pleitear uma causa que, em tal caso, é a causa do próprio Deus. Ele é o<br />

<strong>de</strong>fensor da justiça, o patrono das causas justas em toda parte, e os que<br />

oprimem o inocente necessariamente se contam entre seus inimigos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!