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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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350 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[vv. 8-10]<br />

Como o ouvimos, assim temos visto na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jehovah das hostes [ou<br />

exércitos], na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso Deus. Deus a estabelecerá para sempre. Selah.<br />

Temos aguardado por tua misericórdia, ó Deus, no meio <strong>de</strong> teu templo.<br />

Como é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor até aos confins da terra;<br />

tua mão direita está cheia <strong>de</strong> justiça.<br />

8. Como o ouvimos, assim temos visto. Há dois sentidos em que<br />

esta passagem po<strong>de</strong> ser entendida: cada um dos quais é a<strong>de</strong>quado. O<br />

primeiro consiste em que o escritor sacro, falando em nome dos verda<strong>de</strong>iros<br />

crentes, <strong>de</strong>clara que o mesmo po<strong>de</strong>r que Deus, nos dias da<br />

antigüida<strong>de</strong>, exibia ao libertar seus pais, ele agora exercia para com sua<br />

posterida<strong>de</strong>. Eles o ouviram da boca <strong>de</strong> seus pais, e haviam aprendido<br />

da história sacra, como Deus, em sua gran<strong>de</strong> misericórdia e paternal<br />

bonda<strong>de</strong> havia socorrido sua Igreja; mas agora afirmam que po<strong>de</strong>m<br />

testificar disto não só por terem ouvido falar, mas também por terem<br />

visto, 7 uma vez que haviam realmente experimentado a mesma misericórdia<br />

exercida por Deus em favor <strong>de</strong>les. O equivalente do que se<br />

afirma consiste em que os fiéis não só tinham um registro da bonda<strong>de</strong> e<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus nas histórias, mas que também o sentiam através <strong>de</strong> sua<br />

atual experiência, sim, até visto com seus próprios olhos, o que antes<br />

conheciam por ouvir dizer e pela informação <strong>de</strong> seus pais; e que, portanto,<br />

Deus continua imutavelmente o mesmo, confirmando como ele o<br />

faz, século após século, os exemplos <strong>de</strong> sua graça exibidos nos tempos<br />

antigos, mediante renovadas e reiteradas experiências. O outro sentido<br />

é um tanto mais refinado; e contudo é bem a<strong>de</strong>quado, ou seja, que Deus<br />

realmente executou o que havia prometido a seu povo; como se os fiéis<br />

dissessem: o que antes só havíamos ouvido, agora tem sido exibido<br />

diante <strong>de</strong> nossos olhos. Enquanto só tivermos as meras promessas <strong>de</strong><br />

Deus, sua graça e salvação permanecem como que ocultas na esperança;<br />

quando, porém, essas promessas realmente se concretizam, sua<br />

graça e salvação claramente se manifestam. Se esta interpretação for<br />

7 “Mais maintenant ils disent qu’ils en sont testmoins non pas par avoir ouy <strong>de</strong>re seulement,<br />

mais par avoir veu.” – v.f.

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