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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 48 • 355<br />

povo. Disto nos advém o inestimável conforto <strong>de</strong> que a obra na qual<br />

Deus <strong>de</strong>seja especialmente ser reconhecido como justo consiste em<br />

provi<strong>de</strong>nciar o que pertence ao nosso bem-estar e à manutenção <strong>de</strong><br />

nossa segurança. 9 Então vemos que a intenção do poeta inspirado é<br />

esta: que os nomes dos falsos <strong>de</strong>uses prevaleciam e eram renomeados<br />

entre os homens, embora não tivessem feito absolutamente nada para<br />

merecerem o genuíno louvor; senão que eram totalmente diferentes<br />

do Deus <strong>de</strong> Israel. Pois sempre que a notícia <strong>de</strong>ste se divulgava, todos<br />

entendiam que ele era o libertador <strong>de</strong> seu povo e que não frustrava<br />

sua esperança e <strong>de</strong>sejos, e nem o <strong>de</strong>samparava em meio aos perigos.<br />

[vv. 11-14]<br />

O monte Sião se regozijará, as filhas 10 <strong>de</strong> Judá se alegrarão por causa <strong>de</strong><br />

teus juízos. Contornai Sião e andai ao redor <strong>de</strong>la, contai suas torres. Pon<strong>de</strong><br />

vosso coração 11 em seus muros, exaltai suas torres, 12 para que narreis à<br />

geração futura. Pois este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será<br />

nosso guia até à morte. 13<br />

11. O monte Sião se regozijará. O salmista então conclui sua<br />

exortação ao regozijo, dizendo-nos que Jerusalém e outras cida<strong>de</strong>s<br />

da Judéia tinham sobejos motivos para enaltecer a justiça <strong>de</strong> Deus, 14<br />

visto que haviam tido sobejas experiências <strong>de</strong> que era o protetor <strong>de</strong><br />

seu bem-estar. Ele aqui faz uso da palavra juízo, visto que Deus, que<br />

promovia a causa <strong>de</strong> sua Igreja, <strong>de</strong>monstrou publicamente que era o<br />

inimigo <strong>de</strong> seus opressores e que reprimiria sua presunção e audácia.<br />

12 e 13. Contornai Sião e andai ao redor <strong>de</strong>la. Aqui o profeta<br />

uma vez mais enaltece a condição e beleza <strong>de</strong> Jerusalém, notificando<br />

que a cida<strong>de</strong> era fortemente fortificada e inexpugnável; e ele faz isso<br />

9 “Que l’oeuvre en laquelle Dieu veut singulierement estre recognu juste, c’est in procurant les<br />

choses qui appartienent à nostre salut, et à nous maintenir en sauvete.” – v.f.<br />

10 “C’est, villes.” – n.m.f. “Isto é, cida<strong>de</strong>s.”<br />

11 “C’est, prenez bien gar<strong>de</strong>.” – n.m.f. “Isto é, prestai muita atenção.”<br />

12 “Ou, Palais.” – v.f. “Palácios.”<br />

13 “Ou, dés l’enfance.” – n.m.f. “Ou, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância.”<br />

14 “Auront matiere <strong>de</strong> liesse.” – v.f. “Terão motivo <strong>de</strong> alegrar-se.”

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