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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 49 • 365<br />

qual traduzi, um enigma ou charada, <strong>de</strong>ve ser entendido quase no<br />

mesmo sentido. Em Ezequiel 17.2 temos ambos os substantivos com<br />

seus verbos correspon<strong>de</strong>ntes juntos, חידה ומשל משל ‏,.חור chud chedah<br />

umshol mashal, sendo a tradução literal assim: “Enigmatizarei<br />

um enigma e parabolizarei uma parábola.” Estou ciente <strong>de</strong> que a<br />

referência neste lugar é ao discurso alegórico, mas já adverti para<br />

a razão por que, no hebraico, o nome <strong>de</strong> enigmas e similitu<strong>de</strong>s é<br />

dado a quaisquer ditos notáveis ou importantes. O salmista, quando<br />

acrescenta que publicará seu dito obscuro, mostra que nada<br />

estava mais distante <strong>de</strong> sua intenção do que enredar o tema <strong>de</strong> seu<br />

discurso em obscurida<strong>de</strong> perplexiva e intricada. As verda<strong>de</strong>s da revelação<br />

são tão elevadas que exce<strong>de</strong>m nossa compreensão; mas, ao<br />

mesmo tempo, o Espírito Santo as tem acomodado à nossa capacida<strong>de</strong><br />

a tal ponto que faz com que toda a Escritura se converta numa<br />

proveitosa instrução. Ninguém po<strong>de</strong> pretextar ignorância; pois as<br />

mais profundas e mais difíceis doutrinas se tornam claras ao mais<br />

simples e iletrado <strong>de</strong>ntre os seres humanos. Percebo pouca força<br />

na idéia sugerida por vários intérpretes <strong>de</strong> que o salmista usava sua<br />

harpa para tornar um tema por si mesmo abrupto e <strong>de</strong>sagradável<br />

mais convidativo pelos encantos da música. Ele simplesmente seguiria<br />

a prática usual <strong>de</strong> acompanhar o Salmo com a harpa.<br />

[vv. 5-9]<br />

Por que temeria eu nos dias do mal? [quando] a iniqüida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meus traidores<br />

me circundará. Eles confiam em seus bens e se vangloriam na multidão<br />

<strong>de</strong> suas riquezas. O irmão não será capaz <strong>de</strong> redimir [literalmente, não<br />

redimirá redimindo]; nenhum dará a Deus o preço <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong>nção. E a<br />

re<strong>de</strong>nção <strong>de</strong> sua alma será preciosa e se prorrogará para sempre. Para que<br />

viva tranqüilo para sempre e não veja a sepultura.<br />

5. Por que temeria eu nos dias do mal? O salmista então entra<br />

na questão sobre a qual propôs discursar: Que o povo <strong>de</strong> Deus não<br />

se entregue ao <strong>de</strong>sespero mesmo nas mais angustiantes circunstântém<br />

nada oculto ou misterioso aos que são instruídos por Deus.

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