31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 47 • 335<br />

tudo ao amor paternal que ele nutre por nós, visto que nos escolheu<br />

para sermos seu rebanho. Deduzimos também <strong>de</strong>sta passagem que a<br />

graça que Deus exibe para com seus eleitos não se esten<strong>de</strong> a todos os<br />

homens em comum, senão que é um privilégio pelo qual ele distingue<br />

uns poucos da gran<strong>de</strong> massa da humanida<strong>de</strong>.<br />

[vv. 5-9]<br />

Deus subiu com triunfo, Jehovah [subiu] ao som <strong>de</strong> trombeta. Cantai<br />

louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai<br />

louvores. Pois Deus é o Rei <strong>de</strong> toda a terra; cante louvores todo aquele<br />

que compreen<strong>de</strong>. Ele obteve o reino dos pagãos; Deus se assenta no trono<br />

<strong>de</strong> sua santida<strong>de</strong>. Os príncipes dos povos [ou nações] se juntaram<br />

ao povo do Deus <strong>de</strong> Abraão; porque os escudos da terra são <strong>de</strong> Deus;<br />

ele é muitíssimo exaltado.<br />

5. Deus subiu com triunfo. Há aqui uma alusão à antiga cerimônia<br />

que era observada sob a lei. Visto que se costumava usar o<br />

som <strong>de</strong> trombetas para tornar mais solenes as santas assembléias, o<br />

profeta diz que Deus sobe, quando as trombetas animam e incitam o<br />

povo a magnificar e a exaltar o po<strong>de</strong>r divino. Quando esta cerimônia<br />

era efetuada nos tempos antigos, era precisamente como se o rei, fazendo<br />

sua entrada no meio <strong>de</strong> seus súditos, se lhes apresentava com<br />

vestes magnificentes e gran<strong>de</strong> esplendor, pelo quê ele granjeava sua<br />

admiração e reverência. Ao mesmo tempo, o escritor sacro, sob essa<br />

imaginária cerimônia, indubitavelmente pretendia levar-nos a consi<strong>de</strong>rar<br />

outro tipo <strong>de</strong> subida mais triunfante – a <strong>de</strong> Cristo quando “subiu<br />

acima <strong>de</strong> todos os céus” [Ef 4.10], e conquistou o império do mundo<br />

inteiro, e armado com seu celestial po<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>struiu toda jactância e<br />

imponência. O leitor <strong>de</strong>ve lembrar-se <strong>de</strong> minha advertência anterior,<br />

a saber, que o nome Jehovah é aqui aplicado à arca; pois embora a<br />

essência ou majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus não estivesse encerrada nela, nem<br />

seu po<strong>de</strong>r e operação restringidas a ela, todavia ela não era um vão<br />

e ineficiente símbolo <strong>de</strong> sua presença. Deus havia prometido que habitaria<br />

no meio do povo enquanto os ju<strong>de</strong>us o cultuassem segundo a<br />

norma que havia prescrito na lei; e ele realmente mostrou que estava

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!