08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

Mas como atrás se diz, seria em torno dos movim<strong>en</strong>tos <strong>de</strong> reivindicação laboral nos<br />

Estados Unidos da América, quase um século após a Revolução Francesa, que as<br />

Relações <strong>Públicas</strong> <strong>en</strong>traram aut<strong>en</strong>ticam<strong>en</strong>te em c<strong>en</strong>a no verda<strong>de</strong>iro palco da acção<br />

política. Com efeito, os movim<strong>en</strong>tos sindicais que <strong>en</strong>tão começavam a ganhar vida<br />

própria rapidam<strong>en</strong>te perceberam que para o sucesso das suas lutas era necessário ter<br />

do seu lado, como aliada estratégica, uma opinião pública favorável, capaz <strong>de</strong> legitimar<br />

aquelas reivindicações. Para o conseguir, nada melhor do que o recurso a uma forte<br />

interv<strong>en</strong>ção das Relações <strong>Públicas</strong>, fornec<strong>en</strong>do informação privilegiada à impr<strong>en</strong>sa, e<br />

ao mesmo tempo <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volv<strong>en</strong>do acções <strong>de</strong> esclarecim<strong>en</strong>to directo aos cidadãos,<br />

favorec<strong>en</strong>do o charme, a cortesia, a simpatia, <strong>en</strong>fim, as boas maneiras típicas <strong>de</strong> quem<br />

quer criar uma impressão positiva nos consumidores das m<strong>en</strong>sag<strong>en</strong>s que ali estavam<br />

em causa.<br />

A “conquista do oeste”, que simultaneam<strong>en</strong>te corporizou o alargam<strong>en</strong>to territorial da<br />

nação americana da costa leste atlântica para a costa oeste, acompanhada do galopante<br />

movim<strong>en</strong>to <strong>de</strong> industrialização do território, exigiu às forças activistas e<br />

correspon<strong>de</strong>ntes lí<strong>de</strong>res um cresc<strong>en</strong>te papel <strong>de</strong> interv<strong>en</strong>ção das Relações <strong>Públicas</strong>,<br />

como instrum<strong>en</strong>to formatador <strong>de</strong> uma opinião pública capaz <strong>de</strong> legitimar tanto as<br />

conquistas territoriais, como a implem<strong>en</strong>tação da revolução industrial.<br />

Do outro lado do Atlântico, o Velho Contin<strong>en</strong>te prosseguia também o seu caminho <strong>de</strong><br />

conquistas, ess<strong>en</strong>cialm<strong>en</strong>te <strong>de</strong> consolidação dos novos valores da cidadania dominante,<br />

tais como a liberda<strong>de</strong> civil e política, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e <strong>de</strong> expressão, o<br />

sufrágio universal, os primeiros direitos sociais, novas políticas sociais e laborais, etc.<br />

O Manifesto Comunista, <strong>de</strong> Marx e Engels, pela primeira vez publicado em Londres<br />

em 1848, era a gran<strong>de</strong> bíblia <strong>de</strong> formatação <strong>de</strong> uma nova opinião pública, alim<strong>en</strong>tada<br />

pelos intelectuais <strong>de</strong> referência, mas dirigida a todos os cidadãos, sobretudo as “classes<br />

oprimidas” do capitalismo.<br />

Foi neste caldo <strong>de</strong> cultura que os movim<strong>en</strong>tos operários e sindicalistas forneceram às<br />

Relações <strong>Públicas</strong> as maiores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> afirmação e <strong>de</strong> estruturação teóricoprática.<br />

Mas não se p<strong>en</strong>se que, do outro lado da barricada, o patronato estava<br />

adormecido e ignorava a força das opiniões públicas. Bem ao contrário, as gran<strong>de</strong>s<br />

corporações valorizavam ainda mais o papel das Relações <strong>Públicas</strong>, refinando as<br />

técnicas <strong>de</strong> interv<strong>en</strong>ção para a mobilização <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s massas anti-sindicais, préanunciando<br />

as catástrofes económico-financeiras <strong>de</strong>corr<strong>en</strong>tes dos movim<strong>en</strong>tos<br />

reivindicativos das organizações sindicais.<br />

Segundo Pinho, citado por Moura (2008, pág. 30) “embora alguns autores, como<br />

Chaumely & Huisman, consi<strong>de</strong>rem IvY Lee como o verda<strong>de</strong>iro fundador das Relações<br />

<strong>Públicas</strong>, <strong>de</strong>vido ao facto do mesmo ser o fundador do primeiro escritório mundial <strong>de</strong><br />

Relações <strong>Públicas</strong>, no ano <strong>de</strong> 1906, em Nova Iorque, é cons<strong>en</strong>so que o início da<br />

profissão aconteceu quando William H. Van<strong>de</strong>rbilt, filho <strong>de</strong> Comodoro Cornelius<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

192

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!