08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ana Mafalda dos Santos: Gestão da comunicação <strong>de</strong> crise em organizações públicas e privadas<br />

assume como o espaço <strong>de</strong> realização e formação dos cidadãos, que passam gran<strong>de</strong> parte do seu<br />

tempo no seio das instituições a que, por variadas razões, pert<strong>en</strong>cem; ag<strong>en</strong>te político, na<br />

medida em que, perante a crise do Estado-protector e o <strong>de</strong>scrédito das i<strong>de</strong>ologias políticas,<br />

crescem as responsabilida<strong>de</strong>s da iniciativa privada (Silva, 1997). Estas organizações surgem,<br />

pois, como um dos pilares sociais, culturais, económicos e políticos do mo<strong>de</strong>rno mundo<br />

oci<strong>de</strong>ntal.<br />

Todavia, e regressando ao mo<strong>de</strong>lo das estruturas públicas, importa referir existirem aspectos<br />

característicos da burocracia que po<strong>de</strong>m constituir referências positivas nas socieda<strong>de</strong>s<br />

mo<strong>de</strong>rnas. A burocracia ainda se verifica, e é mesmo imprescindível em certas situações,<br />

nomeadam<strong>en</strong>te em estruturas organizacionais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dim<strong>en</strong>são ou nos serviços sob a tutela<br />

do Estado: “in politics, the big state and the mass party are the classic field of<br />

bureaucratization” (Weber, (1978 1922: 969).<br />

Nestes casos, e em face do seu tamanho e complexida<strong>de</strong>, compre<strong>en</strong><strong>de</strong>-se que a pre<strong>de</strong>finição<br />

clara <strong>de</strong> regras e regulam<strong>en</strong>tos ou a troca <strong>de</strong> informação prefer<strong>en</strong>cialm<strong>en</strong>te escrita, permitam<br />

combater os <strong>de</strong>svios e distorções que t<strong>en</strong><strong>de</strong>m a gerar-se em linhas hierárquicas e canais <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>de</strong>masiado longos. A burocracia está pois vocacionada para a prev<strong>en</strong>ção <strong>de</strong><br />

erros, com o objectivo <strong>de</strong> atingir o máximo <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> e eficiência na activida<strong>de</strong><br />

administrativa. Em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>sta i<strong>de</strong>ia, importa refer<strong>en</strong>ciar Idalberto Chiav<strong>en</strong>ato, quando<br />

afirma: “Apesar <strong>de</strong> todas as suas limitações e <strong>de</strong>svantag<strong>en</strong>s, a burocracia ainda é,<br />

inquestionavelm<strong>en</strong>te, o m<strong>en</strong>os pior dos mo<strong>de</strong>los para se lidar com as gran<strong>de</strong>s organizações e<br />

com organizações complexas.” (2002: 23).<br />

2.2. Comunicação <strong>de</strong> Crise<br />

A <strong>de</strong>finição do mo<strong>de</strong>rno conceito <strong>de</strong> crise não é cons<strong>en</strong>sual, visto cada área <strong>de</strong> conhecim<strong>en</strong>to<br />

oferecer a sua própria <strong>de</strong>finição, e mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada disciplina, as <strong>de</strong>finições<br />

apres<strong>en</strong>tarem dissemelhanças significativas consoante os seus autores.<br />

Na teoria económica, as crises <strong>de</strong>finem-se em termos <strong>de</strong> inflacção, <strong>de</strong>semprego, recessão,<br />

etc; no campo da ciência política, po<strong>de</strong>m ser atribuídas a erros <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança política, à falta <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver os problemas durante a governação... para os sociólogos, as crises<br />

traduzem <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, o <strong>de</strong>srespeito pela autorida<strong>de</strong>, ou o <strong>de</strong>clínio da família, por<br />

exemplo. Os psicólogos consi<strong>de</strong>ram que uma crise pressupõe uma ruptura da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do<br />

indivíduo <strong>de</strong>vido a causas diversas, <strong>en</strong>quanto os historiadores po<strong>de</strong>rão ver nela o resultado <strong>de</strong><br />

avanços tecnológicos <strong>de</strong>masiado rápidos, ou a escalada nos níveis <strong>de</strong> armam<strong>en</strong>to.<br />

Tudo isto permite concluir que o conceito <strong>de</strong> crise é situacional, po<strong>de</strong>ndo-se no <strong>en</strong>tanto,<br />

adiantar como elem<strong>en</strong>tos gerais que uma crise é qualquer situação que corre o risco <strong>de</strong> a)<br />

aum<strong>en</strong>tar <strong>de</strong> int<strong>en</strong>sida<strong>de</strong>, b) interferir no normal <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong>, c) pôr<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 801/817 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

812

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!