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+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

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Ana Mafalda dos Santos: Gestão da comunicação <strong>de</strong> crise em organizações públicas e privadas<br />

ou a tecnologia), mas <strong>de</strong> grupos humanos adaptáveis, capazes <strong>de</strong> apres<strong>en</strong>tar a cada mom<strong>en</strong>to<br />

distintos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> resposta aos <strong>de</strong>safios que se lhe colocam.<br />

1.3. Comunicação Institucional<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar é, actualm<strong>en</strong>te, incontornável para qualquer instituição, com ou<br />

sem objectivos lucrativos. Estamos perante uma socieda<strong>de</strong> em rápida mudança, pelo que<br />

antigos valores, regras e conv<strong>en</strong>ções que regiam a nossa vida pessoal ou profissional foram<br />

substituídos. Na nova lógica das socieda<strong>de</strong>s abertas, quaisquer instituições têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicar para assim justificarem a sua existência. As Forças Armadas, as Associações, a<br />

Igreja, o próprio Estado, não escapam a esta regra. Ou seja, vivemos numa socieda<strong>de</strong> em que<br />

as i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s tradicionais dão lugar à comunicação como instrum<strong>en</strong>to legitimador das<br />

activida<strong>de</strong>s das organizações, não só face aos seus públicos externos, como igualm<strong>en</strong>te<br />

perante os seus cli<strong>en</strong>tes internos. (Reto, 1996).<br />

A comunicação institucional assume <strong>en</strong>tão um papel estratégico – justificativo da existência<br />

perante o exterior, - e <strong>de</strong> mobilização interna - na procura <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são dos funcionários ao<br />

projecto da organização. Vemos assim que, para ser bem sucedida, uma instituição <strong>de</strong>ve lidar<br />

honestam<strong>en</strong>te com os seus muitos públicos, e gerar alto nível <strong>de</strong> satisfação. “Gerir terá <strong>de</strong> ser<br />

comunicar. (...) Não é a publicida<strong>de</strong> que cria a reputação da empresa. Ela provém da<br />

coerência e do somatório, ao longo do tempo, dos seus actos. A credibilida<strong>de</strong> não é uma<br />

simples carta <strong>de</strong> princípios éticos. A credibilida<strong>de</strong> e a reputação confun<strong>de</strong>m-se, antes, com a<br />

história da empresa e com o comportam<strong>en</strong>to do seu lí<strong>de</strong>r e dos seus colaboradores. (...)<br />

mesmo que este [produto] seja bom, será sempre muito mais fácil chegar às pessoas se a<br />

instituição que o lança tiver uma superior reputação. E esta não se adquire, é fruto <strong>de</strong> um<br />

trabalho pessoal e <strong>de</strong> equipa que só se consegue com o tempo.” (Belmiro <strong>de</strong> Azevedo, in<br />

Brochand et al, 2010: 90-91).<br />

A eficácia <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> uma organização <strong>de</strong>p<strong>en</strong><strong>de</strong> <strong>en</strong>tão da satisfação cabal das<br />

necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos dos seus públicos, obviam<strong>en</strong>te t<strong>en</strong>do sempre pres<strong>en</strong>tes as limitações<br />

exist<strong>en</strong>tes e os recursos disponíveis, s<strong>en</strong>do que as instituições variam nos níveis <strong>de</strong> resposta<br />

propostos. Algumas apres<strong>en</strong>tam incapacida<strong>de</strong> em respon<strong>de</strong>r porque são burocráticas, o que as<br />

torna vulneráveis à medida que as cli<strong>en</strong>telas <strong>en</strong>contram outras alternativas. Instituições que se<br />

c<strong>en</strong>tram nos seus programas e falham no <strong>en</strong>t<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to das necessida<strong>de</strong>s dos diversos públicos<br />

ficam tão ali<strong>en</strong>adas que per<strong>de</strong>m visão do que aqueles necessitam ou necessitarão no futuro.<br />

Organizações fortem<strong>en</strong>te presas aos sistemas tradicionais frequ<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te agem como se as<br />

necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos nunca mudassem, esquec<strong>en</strong>do que <strong>de</strong>vem solucionar um problema do<br />

consumidor/ utilizador.<br />

Inversam<strong>en</strong>te, muitas estão a tomar providências, por forma a tornarem-se mais aptas nessas<br />

respostas, promov<strong>en</strong>do estudos sobre satisfação, necessida<strong>de</strong>s e preferências dos seus<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 801/817 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

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