08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

4. 1. A conciliação das normas com os objectivos<br />

A fonte primária do protocolo oficial é a normativa institucional, seja prov<strong>en</strong>i<strong>en</strong>te da lei ou <strong>de</strong><br />

regulam<strong>en</strong>tos. Contudo, na falta ou insuficiência <strong>de</strong>stes – o que é a regra base na maioria dos<br />

actos e cerimónias sociais, – ou para seu complem<strong>en</strong>to, <strong>de</strong>ve lançar-se mão do costume que,<br />

como sabemos, é fonte <strong>de</strong> direito,e também – po<strong>de</strong>remos dizer - fonte do protocolo.<br />

Com efeito, razão n<strong>en</strong>huma justifica que a at<strong>en</strong>ção <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada cerimónia seja<br />

<strong>de</strong>sviada do seu objectivo. E, manifestam<strong>en</strong>te, num <strong>de</strong>slize do protocolo – sempre mais ou<br />

m<strong>en</strong>os mediático… – que permita o empolam<strong>en</strong>to <strong>de</strong> uma situação que <strong>de</strong>veria ser resolvida<br />

discretam<strong>en</strong>te, com o bom s<strong>en</strong>so que os responsáveis pelo protocolo têm obrigatoriam<strong>en</strong>te<br />

que ter, seria uma falha imperdoável <strong>de</strong> quem se espera exactam<strong>en</strong>te eficácia e discrição.<br />

O protocolo é, mais do que manifestação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, manifestação do po<strong>de</strong>r. Pelo m<strong>en</strong>os, nas<br />

manifestações <strong>de</strong> carácter público, as coisas não acontecem por acaso.<br />

O protocolo, maximé, o protocolo oficial, em que a socieda<strong>de</strong> civil muito se inspira nos seus<br />

cerimoniais - está sempre ao serviço <strong>de</strong> alguém: instituição ou “persona”.<br />

É do interesse <strong>de</strong> todos que haja o maior <strong>en</strong>t<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to possível <strong>en</strong>tre o/os responsável/eis<br />

pelo protocolo e a pessoa ou instituição que promove a iniciativa ou a cerimónia. Por melhor<br />

e mais previ<strong>de</strong>nte que t<strong>en</strong>ha sido a organização, há sempre um conjunto <strong>de</strong> impon<strong>de</strong>ráveis<br />

que acontecem, aos quais é necessário dar resposta imediata e ser<strong>en</strong>a.<br />

Para Magalhães (1985, pág. 163) “o protocolo oficial fundam<strong>en</strong>ta-se em duas exigências<br />

fundam<strong>en</strong>tais: uma, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m material, que consiste na necessida<strong>de</strong> das reuniões colectivas <strong>de</strong>correrem <strong>de</strong><br />

forma or<strong>de</strong>nada, a fim <strong>de</strong> que os objectivos <strong>de</strong>ssas reuniões se possam efectivar normalm<strong>en</strong>te, exigência<br />

comum a qualquer reunião, seja <strong>de</strong> que natureza for; e outra, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política e legal, que consiste em<br />

garantir aos participantes numa reunião oficial o lugar que por lei ou pelo costume lhes compete em<br />

virtu<strong>de</strong> das funções que lhe estão cometidas”.<br />

A <strong>de</strong>finição, formalm<strong>en</strong>te correcta – e completa na perspectiva que temos estado a seguir –<br />

esquece contudo que o protocolo se <strong>de</strong>stina também a transmitir um conjunto <strong>de</strong> m<strong>en</strong>sag<strong>en</strong>s,<br />

ess<strong>en</strong>cialm<strong>en</strong>te <strong>de</strong> natureza “política”. Não se trata ap<strong>en</strong>as <strong>de</strong> velar para que uma cerimónia<br />

corra da melhor forma, sem atropelos e com naturalida<strong>de</strong>. Trata-se ainda <strong>de</strong> velar para que o<br />

público <strong>de</strong>finido, os <strong>de</strong>stinatários, perceba quem é quem e quais as principais m<strong>en</strong>sag<strong>en</strong>s que<br />

<strong>de</strong>correm daquele acto em concreto.<br />

4. 2. O protocolo como instrum<strong>en</strong>to <strong>de</strong> comunicação<br />

O protocolo é também um instrum<strong>en</strong>to <strong>de</strong> comunicação política no verda<strong>de</strong>iro s<strong>en</strong>tido do<br />

termo. E é nessa medida que o protocolo é um instrum<strong>en</strong>to <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

Um técnico <strong>de</strong> protocolo tem – ou <strong>de</strong>ve ter – as ferram<strong>en</strong>tas necessárias para a resolução dos<br />

mais diversos problemas que lhe sejam colocados. Contudo, quando integrado numa<br />

<strong>de</strong>terminada estrutura, está ao serviço <strong>de</strong>la, competindo-lhe também profissionalm<strong>en</strong>te –<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

212

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!