08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Anabela Mateus: A Comunicação na fusão<br />

constrangim<strong>en</strong>tos na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão dos chefes que, com uma natural g<strong>en</strong>eralização<br />

da comunicação informal, numa primeira fase e, mais tar<strong>de</strong>, com a sua<br />

necessida<strong>de</strong> consequ<strong>en</strong>te <strong>de</strong>vido à maior complexida<strong>de</strong> da estrutura, não<br />

implicou esse s<strong>en</strong>tim<strong>en</strong>to. Pelo contrário, po<strong>de</strong>mos dizer que a aceitação por parte<br />

dos subordinados das funções distribuídas pelos seus novos chefes foi fácil, e aqueles que<br />

possuíam a autorida<strong>de</strong> passaram a assumir mais uma postura <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res e a<br />

comunicação resultava bastante eficaz, implem<strong>en</strong>tando a participação dos<br />

subordinados.<br />

Esclarecemos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já que a nossa proposta <strong>de</strong> que a estrutura organizacional<br />

oriunda da fusão conduziu a estados <strong>de</strong> anomia pessoal e grupal não <strong>en</strong>controu<br />

fundam<strong>en</strong>to com a investigação, como já anteriorm<strong>en</strong>te m<strong>en</strong>cionámos. O que<br />

<strong>en</strong>contrámos foi, tal como acabámos <strong>de</strong> referir, a coexistência <strong>de</strong> culturas<br />

difer<strong>en</strong>ciadas, a que conce<strong>de</strong>mos o atributo <strong>de</strong> aglutinadores e aglutinados (o lí<strong>de</strong>r, o<br />

persist<strong>en</strong>te e os esquecidos). Há que <strong>de</strong>ixar claro que todo este conjunto <strong>de</strong> apar<strong>en</strong>tes<br />

sintomas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da nova empresa não a <strong>de</strong>ixou is<strong>en</strong>ta <strong>de</strong> problemas num<br />

mundo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> convivência e relações pessoais e profissionais. O clima percebido<br />

internam<strong>en</strong>te era bastante confuso para o conjunto <strong>de</strong> trabalhadores. O clima<br />

interno passou <strong>de</strong> bom a <strong>de</strong> confusão e conflito, passando pelo <strong>de</strong> segregação. Em<br />

geral muito heterogéneo, mas mais negativo do que positivo. Reafirmamos, apesar<br />

disso, que não consi<strong>de</strong>ramos tal situação paralela à que propomos na hipótese<br />

apres<strong>en</strong>tada: estados <strong>de</strong> anomia e <strong>de</strong> confusão contemplam realida<strong>de</strong>s bem<br />

distintas.<br />

Resta-nos justificar a coexistência das culturas difer<strong>en</strong>ciadas, o predomínio da<br />

comunicação informal <strong>de</strong>pois da fusão que vinha já do período anterior a esta, a<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração na nova empresa <strong>de</strong>pois da fusão, a heterog<strong>en</strong>eida<strong>de</strong> do clima<br />

posterior à fusão, o bom <strong>en</strong>t<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to <strong>en</strong>tre hierarquias, <strong>en</strong>fim, tudo o que leva à<br />

falta <strong>de</strong> confirmação do conjunto das nossas hipóteses, contrariando os resultados<br />

<strong>en</strong>contrados para o Grupo A. No fundo, o núcleo da análise do Grupo B. Em<br />

poucas palavras, essa difer<strong>en</strong>ça <strong>en</strong>contra-se a nível da experiência anterior que já<br />

apres<strong>en</strong>támos, a fusão <strong>en</strong>tre 1972-75, que teve a característica <strong>de</strong> se ter realizado<br />

ao longo <strong>de</strong> 3 anos. Esse foi o facto que permitiu chegar a 1980 com aquelas<br />

condições e a apr<strong>en</strong>dizagem <strong>de</strong> quem já havia passado por uma fusão. Também foi<br />

esse conhecim<strong>en</strong>to que permitiu a essa nova empresa, fruto <strong>de</strong>ssa experiência,<br />

conseguir ultrapassar as suas semelhantes, li<strong>de</strong>rando o processo <strong>de</strong> fusão e a<br />

gestão da nova empresa. Já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1972, se verificava aí uma maior flui<strong>de</strong>z na<br />

comunicação e um aum<strong>en</strong>to dos fluxos. Teixeira ilustra-nos com seu texto a postura<br />

que já acima apres<strong>en</strong>tou: para que os subordinados possam saber exactam<strong>en</strong>te o que <strong>de</strong>les<br />

se pret<strong>en</strong><strong>de</strong>, que tipos <strong>de</strong> tarefas <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>semp<strong>en</strong>har para alcançar melhor os objectivos<br />

globais da empresa, torna-se fundam<strong>en</strong>tal que t<strong>en</strong>ham perfeito conhecim<strong>en</strong>to disso. Isto<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 719/741 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

736

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!