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Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

tecnicam<strong>en</strong>te – <strong>de</strong>semp<strong>en</strong>har a sua função <strong>de</strong> forma a ser eficaz na transmissão das m<strong>en</strong>sag<strong>en</strong>s<br />

<strong>de</strong>ssa estrutura ou, no limite, <strong>de</strong>ssa pessoa.<br />

Se através do protocolo se pret<strong>en</strong><strong>de</strong> transmitir m<strong>en</strong>sag<strong>en</strong>s, <strong>en</strong>tão o protocolo é também um<br />

po<strong>de</strong>roso instrum<strong>en</strong>to <strong>de</strong> comunicação. Contudo, a análise e o tratam<strong>en</strong>to das suas funções –<br />

do protocolo e da comunicação – é normalm<strong>en</strong>te feito <strong>de</strong> forma autónoma. O que está<br />

correcto, dado tratar-se <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> natureza difer<strong>en</strong>te, com especificida<strong>de</strong>s que requerem<br />

especialização e competências técnicas distintas. O que não estaria correcto era que as duas<br />

funções fossem <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volvidas <strong>de</strong> costas voltadas ou na ignorância uma da outra.<br />

Seja qual for o formato da iniciativa ou da cerimónia, com maior ou m<strong>en</strong>or magnificência,<br />

com maior ou m<strong>en</strong>or projecção, ela <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>correr com naturalida<strong>de</strong>. Deve fluir sem a<br />

percepção <strong>de</strong> uma ou <strong>de</strong> outra pessoa, <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> outro serviço. Definido o objectivo, toda<br />

a organização <strong>de</strong>ve nele confluir, trabalhando com discrição, mas com a necessária eficácia<br />

para o conseguir.<br />

Nos nossos dias, com a força que o mediatismo ganhou é absolutam<strong>en</strong>te necessário que toda a<br />

preparação e o <strong>de</strong>curso das iniciativas e cerimónias sejam preparadas <strong>de</strong> “braço dado” pelo<br />

serviço <strong>de</strong> protocolo e pelo <strong>de</strong> comunicação.<br />

Com efeito, temos <strong>de</strong> ter sempre em at<strong>en</strong>ção que, por maior que seja o número <strong>de</strong> pessoas<br />

que estejam numa dada iniciativa ou cerimónia, serão sempre poucas quando comparadas com<br />

aquelas que po<strong>de</strong>m ser s<strong>en</strong>sibilizadas para a m<strong>en</strong>sagem através da intermediação dos órgãos <strong>de</strong><br />

comunicação social.<br />

Por outro lado, a comunicação social é cada vez mais perscrutadora e totalitária – no s<strong>en</strong>tido<br />

<strong>de</strong> querer ter sempre mais acesso a mais <strong>de</strong>talhes da preparação e do <strong>de</strong>curso das cerimónias.<br />

Nada lhe escapa. E t<strong>en</strong>do em conta o funcionam<strong>en</strong>to e os interesses da comunicação social nos<br />

dias <strong>de</strong> hoje, o risco do acessório se tornar na notícia é muito gran<strong>de</strong>. Por isso mesmo é<br />

necessário cuidar <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>talhes, prever o imprevisível. Comunicação e protocolo,<br />

trabalhando <strong>de</strong> braço dado.<br />

Acresce ainda que as especificida<strong>de</strong>s – e a força – da imagem obrigam a que as cerimónias, a<br />

or<strong>de</strong>m e o tempo, do acto ou cerimónia sejam cuidadosam<strong>en</strong>te preparados pelo protocolo,<br />

por forma a permitir a sua melhor transmissão possível. Sempre em articulação estreita e<br />

cúmplice com a comunicação.<br />

Como disse Joaquín Martínez Correcher, Embaixador <strong>de</strong> Espanha (apud RAMOS, 2003, p.<br />

14), “o protocolo é a comunicação não verbal <strong>de</strong> uma instituição face ao exterior; é a forma usada pelo<br />

Estado para comunicar com os cidadãos, para transmitir m<strong>en</strong>sag<strong>en</strong>s sobre o que quer fazer, porque razão<br />

vai fazê-lo e para que é que o quer transmitir. Daí <strong>de</strong>corre a importância que o protocolo tem para a<br />

imagem que os cidadãos têm do Estado ou <strong>de</strong> uma instituição” (t.l.).<br />

Neste s<strong>en</strong>tido, o instrum<strong>en</strong>to privilegiado da comunicação é a palavra, ao passo que o<br />

protocolo é “a comunicação não verbal” <strong>de</strong> uma instituição. Do que prece<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>mos<br />

concluir que o protocolo não é ap<strong>en</strong>as um conjunto <strong>de</strong> regras sobre a or<strong>de</strong>nação das<br />

instituições ou das pessoas num dado acto ou cerimónia. Nem sequer é ap<strong>en</strong>as a sequência<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

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