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+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

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Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

ignora todas as pot<strong>en</strong>cialida<strong>de</strong>s que existem no ser humano, toda a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> p<strong>en</strong>sar e<br />

compre<strong>en</strong><strong>de</strong>r o mundo e que, em maior ou m<strong>en</strong>or grau, lhe permite ter sempre um reduto<br />

<strong>de</strong> resistência àquilo que lhe é imposto do exterior. Por outro lado, p<strong>en</strong>sar a relação <strong>en</strong>tre os<br />

média e o campo político som<strong>en</strong>te numa perspectiva conspiratória e manipulatória é,<br />

novam<strong>en</strong>te, fazer uma leitura simplista das múltiplas questões que os atravessam.<br />

Perante estes factos, po<strong>de</strong>mos concluir que os media não são som<strong>en</strong>te produtores <strong>de</strong> pseudoi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s<br />

políticas (embora tantas vezes o sejam), são também, importantes recursos<br />

simbólicos que não esgotam as suas pot<strong>en</strong>cialida<strong>de</strong>s na espectacularização da política mas<br />

po<strong>de</strong>m proporcionar verda<strong>de</strong>iras experiências <strong>de</strong> Reconhecim<strong>en</strong>to, se permitirem a<br />

construção <strong>de</strong> um processo comunicativo agonístico, reflexivo e exig<strong>en</strong>te.<br />

Ao terem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> p<strong>en</strong>etrar na esfera <strong>de</strong> intimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um, <strong>de</strong> se sobreporem<br />

às relações interpessoais, eles têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir frames, quadros conceptuais <strong>de</strong><br />

p<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to, que, <strong>de</strong> facto conseguem persuadir e propagar-se, mas nunca absolutam<strong>en</strong>te. E<br />

se as características dos média lhes dão esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer <strong>en</strong>quadram<strong>en</strong>tos simplistas e<br />

<strong>de</strong>magógicos dos f<strong>en</strong>óm<strong>en</strong>os, também lhe dão capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abrir, no Espaço Público,<br />

espaços <strong>de</strong> reflexão, <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> (re)inv<strong>en</strong>ção <strong>de</strong> dinâmicas sociais construtivas. Uma<br />

comunicação da qual os políticos e os públicos po<strong>de</strong>m retirar uma capacida<strong>de</strong> performativa<br />

para a reorganização da socieda<strong>de</strong>.<br />

Conclusões<br />

O pres<strong>en</strong>te “paper” tem por principal objectivo questionar as práticas clássicas que criaram<br />

uma nítida separação <strong>en</strong>tre as Relações <strong>Públicas</strong>, o Protocolo Institucional e a Comunicação e<br />

Promoção. Bem ao contrario, os autores <strong>de</strong>ste trabalho criaram um mo<strong>de</strong>lo – MCCR –<br />

Método Comunicacional <strong>de</strong> Criação da Realida<strong>de</strong>, que vem <strong>de</strong>monstrar que, numa socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comunicação global, só a união e articulação <strong>de</strong>stas três ferram<strong>en</strong>tas clássicas permitem<br />

gerar a realida<strong>de</strong> que a Opinião Pública percepciona sobre a imag<strong>en</strong> <strong>de</strong> uma instituição ou <strong>de</strong><br />

um lí<strong>de</strong>r.<br />

Partindo das práticas comunicacionais que os autores <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volveram no seu espaço <strong>de</strong><br />

trabalho, - a governação da Câmara e Junta Metropolitana do Porto – e que converteram<br />

num “case study”, o mo<strong>de</strong>lo MCCR apres<strong>en</strong>ta-se como uma ferram<strong>en</strong>ta innovadora, com leis<br />

próprias que suportam, doutrinariam<strong>en</strong>te e na aplicação prática, um novo conceito <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lação da Opinião Pública, e uma nova forma <strong>de</strong> gestão do Espaço Público. Assim,<br />

po<strong>de</strong>mos sintetizar estas conclusões a dois níveis distintos:<br />

A) Dos Princípios conceptuais<br />

1 – As Relações <strong>Públicas</strong>, o Protocolo Institucional, e a Comunicação e Promoção são<br />

conceitos clássicos que exigem uma revisitação e reinv<strong>en</strong>ção sobre a sua essência e<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

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