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Manuel Teixeira, Florbela Guedes: Novos paradigmas de Comunicação
rejeitar os modelos seguido pela Comunicação Social, o actual Presidente tem aproveitado a
sua permanência no cargo para apontar o dedo crítico às actuais práticas jornalistas e até
moralizar, nuns casos, e responsabilizar publicamente noutros casos, alguns órgãos de
comunicação social ou mesmo jornalistas. Pelos meios oficiais, mas também pelos meios
próprios da autarquia.
Neste caso, a polémica serve essencialmente para chamar a atenção de uma opinião pública
cada vez mais adormecida, incapaz de impor os seus direitos frequentemente violados. Isto,
apesar da legislação lhe conferir direitos de defesa do seu bom nome ou da sua imagem.
Não podemos encarar esta postura como um exemplo a seguir pela maioria das instituições
ou empresas. Atrevemo-nos, inclusivamente, a dizer que estes procedimentos (críticos e /ou
mesmo provocatórios) são muito particulares e não podem constituir uma regra geral de
comunicação. Pode dizer-se que funciona apenas em casos particulares. Mas já assistimos a
atitudes semelhantes, noutra escala, obviamente, entre o Presidente dos Estados Unidos
Barack Obama e, por exemplo, o canal noticioso Fox.
O Presidente da CMP foi o primeiro político a utilizar o site institucional para divulgar textos
políticos. Habitualmente, nas instituições e empresas em geral, a Internet ainda continua a ser
usada para promover sobretudo iniciativas de animação, culturais ou serviços.
2. 5. Privilegiar a comunicação dirigida
Para além destas áreas, igualmente presentes, a Câmara do Porto publica textos e mensagens
de carácter exclusivamente políticos, incluindo desmentidos da Comunicação Social e aquilo a
que podemos chamar a “desmontagem” de textos jornalísticos erróneos ou deturpados. Outra
iniciativa que provocou polémica entre os meios de Comunicação Social, mas também junto
de alguns políticos.
Os exemplos sucedem-se, em particular nos anos de 2006 e 2007 (e podem ser vistos no sítio
da autarquia), ou seja, logo a seguir à segunda reeleição do Presidente da CMP, desta vez com
maioria absoluta.
Ora, esta estratégia tem resultados óbvios: por um lado, chama a atenção da opinião pública
(consumidores da informação) e cria nesta a imagem de que a Comunicação Social “mente”;
por outro lado, despoleta a discussão em torno do tema, dando igualmente visibilidade aos
meios de comunicação próprios, da autarquia, como é o caso do site.
Ainda relativamente a esta matéria, e na linha estratégica seguida desde que tomou posse, o
Presidente tomou igualmente medidas concretas, no âmbito da moldura legal vigente.
Os exemplos são inúmeros, com resultados práticos visíveis e positivos para o funcionamento
dos meios de comunicação social e para a protecção do público ou mesmo do interesse
público. Ao ponto de terem constituído avanços significativos no âmbito do cumprimento da
Lei de Imprensa.
# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293
C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net
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