08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

2. 4.Li<strong>de</strong>rar as Relações com os jornalistas<br />

As Relações com os órgãos <strong>de</strong> Comunicação Social continuam a ser importantes para<br />

qualquer empresa ou instituição que pret<strong>en</strong><strong>de</strong> conquistar um público-alvo por motivos<br />

eleitorais, comerciais ou simplesm<strong>en</strong>te por motivos relacionados com a procura <strong>de</strong> prestígio.<br />

Na lógica mediática actual, po<strong>de</strong>mos até dizer que a maior parte da chamada classe política<br />

privilegia sobretudo esta área <strong>de</strong> actuação. Assim, os Gabinetes <strong>de</strong> Comunicação são<br />

constituídos pelos chamados Assessores <strong>de</strong> Impr<strong>en</strong>sa que mantêm contactos directos e<br />

regulares com a Comunicação Social, <strong>en</strong>quanto fontes oficiais ou oficiosas, tornando-se<br />

muitas vezes cúmplices na divulgação <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>vidam<strong>en</strong>te seleccionadas e com<br />

objectivos pré-<strong>de</strong>finidos.<br />

Em “A Manipulação dos Media – Os Efeitos extraordinários da propaganda”, Noam Chomsky<br />

assume, no seu estilo directo e às vezes até trucul<strong>en</strong>to, tão admirado por figuras do mundo<br />

artístico que, afinal “não vivemos numa socieda<strong>de</strong> livre e <strong>de</strong>mocrática como todos queremos acreditar,<br />

mas sim num “auto-imposto totalitarismo”, comandado por uma elite, on<strong>de</strong> se distinguem os eleitos,<br />

pequ<strong>en</strong>os grupos dominados por interesses na sua maioria económicos e pela Comunicação social. Ou seja,<br />

aos media cabe o papel do pastor que guia o “rebanho tonto” pelo caminho da superficialida<strong>de</strong> e pela “sua<br />

não assumida, mas óbvia parcialida<strong>de</strong>”.<br />

Noam Chomsky explica o modo como é hoje governado o mundo oci<strong>de</strong>ntal e, sobretudo qual<br />

o papel da Comunicação Social junto <strong>de</strong> um público que, em regra geral, não p<strong>en</strong>sa, ou<br />

melhor prefere não p<strong>en</strong>sar para não ficar isolado numa socieda<strong>de</strong> cada vez mais global ou para<br />

po<strong>de</strong>r continuar a acreditar num conjunto <strong>de</strong> fantasias que tornam mais fácil a sua<br />

sobrevivência.<br />

O objectivo da Propaganda e das relações <strong>Públicas</strong> é sempre “controlar o estado <strong>de</strong> espírito<br />

do público”. Segundo esta teoria, as pessoas, o público não po<strong>de</strong> estar organizado, mas sim<br />

atomizado, <strong>de</strong>sagregado e <strong>de</strong>sacompanhado.<br />

Para Chomsky,(2003,p.28)“as pessoas <strong>de</strong>vem estar sossegadam<strong>en</strong>te s<strong>en</strong>tadas em fr<strong>en</strong>te do aparelho <strong>de</strong><br />

Televisão, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terem metido na cabeça a m<strong>en</strong>sagem, que diz que o único valor na vida é gozar <strong>de</strong><br />

mais comodida<strong>de</strong>s ou viver como aquela rica família da classe média que estão a ver num filme e <strong>de</strong>f<strong>en</strong><strong>de</strong>r<br />

valores como harmonia e americanismo. A vida é isto. Uma pessoa po<strong>de</strong> achar que é capaz <strong>de</strong> haver algo<br />

mais na vida do que isto, mas como está só, a olhar para o aparelho <strong>de</strong> televisão, acaba por se conv<strong>en</strong>cer<br />

<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser louca, pois toda a g<strong>en</strong>te proce<strong>de</strong> da mesma maneira. E uma vez que não é permitida<br />

qualquer organização – o que é absolutam<strong>en</strong>te ess<strong>en</strong>cial – nunca essa pessoa terá maneira <strong>de</strong> perceber se é<br />

louca ou não e limita-se a achar que sim, porque é isso é que é natural conclui”<br />

A outra técnica é igualm<strong>en</strong>te simples: manter as pessoas assustadas, apavoradas e aterrorizadas<br />

“(…) se não estiverem <strong>de</strong>vidam<strong>en</strong>te apavoradas, aterrorizadas com toda a espécie <strong>de</strong> males que estão em<br />

vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>struí-las por <strong>de</strong>ntro, por fora ou por qualquer outro lado, po<strong>de</strong>m começar a p<strong>en</strong>sar, o que é<br />

muito perigoso, porque não são sufici<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te compet<strong>en</strong>tes para p<strong>en</strong>sar. Por isso, é importante distraílos<br />

e marginalizá-los”, acresc<strong>en</strong>ta Chomsky (2003,p.29)<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

203

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!