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Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

políticos a ser «v<strong>en</strong>didos como <strong>de</strong>terg<strong>en</strong>te para a roupa», confundindo-se as promessas<br />

publicitárias com as promessas políticas.<br />

O jornalista Vítor Gonçalves (2005, pag.16) <strong>de</strong>fine as funções dos assessores <strong>de</strong> impr<strong>en</strong>sa<br />

sublinhando a sua tarefa <strong>de</strong> «t<strong>en</strong>tar assegurar que as palavras, atitu<strong>de</strong>s e comportam<strong>en</strong>tos do político<br />

com o qual trabalham, sejam transmitidos ao público da forma mais favorável, ou as suas gafes, erros ou<br />

in<strong>de</strong>cisões sejam <strong>de</strong>svalorizados ou interpretados <strong>de</strong> uma forma positiva». De acordo com esta análise,<br />

os gabinetes <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>semp<strong>en</strong>ham as seguintes funções: gestão dos média; gestão da<br />

imagem; comunicação interna, gestão da informação, gestão das relações públicas, e gestão<br />

do protocolo.<br />

A gestão dos media <strong>en</strong>globa todas as activida<strong>de</strong>s cujo objectivo seja dar resposta à procura<br />

informativa dos jornalistas, t<strong>en</strong>tando maximizar o acesso dos políticos aos meios <strong>de</strong><br />

comunicação social e a sua exposição nos mesmos. As conferências <strong>de</strong> impr<strong>en</strong>sa, por<br />

exemplo, inserem-se nesta categoria. Quanto à gestão da imagem, esta implica gerir não só a<br />

imagem das organizações políticas, mas também a imagem pessoal dos próprios políticos.<br />

Para Pacheco Pereira (1997: 208), «a difer<strong>en</strong>ça <strong>en</strong>tre políticas é hoje muito mais transmissível pela<br />

difer<strong>en</strong>ça <strong>de</strong> posturas e <strong>de</strong> estilos, pela empatia e pelo carisma pessoal, pela imagem das elites políticas,<br />

do que pelos programas substantivos. O que, evi<strong>de</strong>ntem<strong>en</strong>te, não significa que eles não t<strong>en</strong>ham difer<strong>en</strong>ças<br />

– só que a percepção pública <strong>de</strong>ssas difer<strong>en</strong>ças resulta <strong>de</strong> quem as comunica e do modo como elas são<br />

comunicadas».<br />

Qualquer político, hoje em dia, sabe que <strong>de</strong>ve cuidar da sua imagem e a apres<strong>en</strong>tar-se perante<br />

os media controlando todos os tiques que possam <strong>de</strong>sfavorecê-lo. A este propósito, é <strong>de</strong><br />

referir um exemplo notável: Cavaco Silva – que rapidam<strong>en</strong>te apr<strong>en</strong><strong>de</strong>u a <strong>de</strong>scontrair-se, a<br />

per<strong>de</strong>r a agressivida<strong>de</strong>, a escutar a pergunta e até a sorrir. É, aliás, <strong>de</strong> conhecim<strong>en</strong>to público<br />

que o actual Presi<strong>de</strong>nte da República teve, por exemplo, aulas com a actriz Glória <strong>de</strong> Matos,<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar a sua dicção.<br />

Os gabinetes <strong>de</strong> comunicação têm também a seu cargo a comunicação interna das<br />

organizações. Esta activida<strong>de</strong>, que permite estabelecer canais para a transmissão <strong>de</strong><br />

informação interna, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância, uma vez que se houver má gestão da comunicação<br />

interna, isso po<strong>de</strong>rá repercutir-se provocando falhas graves a nível da sua comunicação<br />

política. No que diz respeito à gestão <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volvida pelos gabinetes <strong>de</strong><br />

comunicação, esta compre<strong>en</strong><strong>de</strong> as activida<strong>de</strong>s cuja finalida<strong>de</strong> é controlar e dirigir o fluxo <strong>de</strong><br />

informação das instituições do governo para a esfera pública. A informação po<strong>de</strong> ser divulgada<br />

livrem<strong>en</strong>te no processo <strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong> governo, mas po<strong>de</strong> também ser sonegada, c<strong>en</strong>surada,<br />

«transpirada» (uma fuga para) e concebida <strong>de</strong> acordo com interesses particulares do governo e<br />

dos órgãos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r do Estado (Gonçalves, 2005: 126).<br />

A gestão das relações públicas, no âmbito da comunicação global, visa sobretudo criar as<br />

condições <strong>de</strong> relação e interface <strong>en</strong>tre a comunida<strong>de</strong> interna e os seus interlocutores<br />

externos, proporcionando ambi<strong>en</strong>tes <strong>de</strong> acolhim<strong>en</strong>to e simpatia inter-relacional propícios à<br />

concretização dos objectivos pret<strong>en</strong>didos pela comunicação. Por seu turno, as práticas<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

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