08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Manuel Teixeira, Florbela Gue<strong>de</strong>s: Novos paradigmas <strong>de</strong> Comunicação<br />

A CMP começa a <strong>en</strong>viar com regularida<strong>de</strong> e sempre que estão em causa notícias falsas ou<br />

<strong>de</strong>turpadas, pedidos <strong>de</strong> direito <strong>de</strong> resposta ou <strong>de</strong>sm<strong>en</strong>tidos para os jornais ou meios <strong>de</strong><br />

comunicação em causa.<br />

Inicialm<strong>en</strong>te, estes começaram por ser tratados como todos os outros – sem respeitar a<br />

legalida<strong>de</strong>. Muitas vezes não eram publicados, não respeitavam os prazos estipulados,<br />

apres<strong>en</strong>tavam um corpo <strong>de</strong> letra abaixo do normal e eram paginados nos espaços consi<strong>de</strong>rados<br />

<strong>de</strong> m<strong>en</strong>or visibilida<strong>de</strong>. Ou seja, sem qualquer efeito.<br />

Começamos por exigir a publicação dos <strong>de</strong>sm<strong>en</strong>tidos <strong>de</strong> acordo com a legislação, mas os<br />

jornais resistiram, como acontece habitualm<strong>en</strong>te. Estabeleceu-se, <strong>en</strong>tão, um novo braço-<strong>de</strong>ferro.<br />

A CMP <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, nessa altura, avançar com recursos para a Entida<strong>de</strong> Reguladora para a<br />

Comunicação Social (ERC), a quem cabe regular o exercício da impr<strong>en</strong>sa em Portugal, para<br />

além <strong>de</strong> outras funções. As primeiras <strong>de</strong>cisões não foram fáceis, uma vez que não existia<br />

qualquer tradição nesta matéria e os próprios conselheiros <strong>en</strong>contrava-se perante uma nova<br />

realida<strong>de</strong>.<br />

As primeiras <strong>de</strong>liberações acabaram por ser tardias, mas sempre favoráveis à CMP, obrigando<br />

os jornais a publicar ou mesmo a republicar – em alguns casos mais do que uma vez – os<br />

direitos <strong>de</strong> resposta, <strong>de</strong> acordo a legislação em vigor.<br />

As críticas e as provocações à ERC passaram igualm<strong>en</strong>te a ser uma constante, mas a verda<strong>de</strong> é<br />

que perante a insistência da CMP, alguma <strong>de</strong>terminação da ERC e o efeito alcançado junto <strong>de</strong><br />

outras instituições ou personalida<strong>de</strong>s, hoje os jornais habituaram-se a ir dando cumprim<strong>en</strong>to a<br />

esta exigência (Interessante ver, por exemplo, as <strong>de</strong>liberações da ERC a partir <strong>de</strong>ssa altura em<br />

matéria <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> resposta).<br />

Por este motivo ou pelo efeito <strong>de</strong> contágio, actualm<strong>en</strong>te é comum assistir-se à publicação <strong>de</strong><br />

direitos <strong>de</strong> resposta, com orig<strong>en</strong>s muito diversas nas várias publicações jornalísticas.<br />

Estes aspectos, relacionados com o profissionalismo e ética no jornalismo, foram sempre<br />

relembrados em várias cerimónias ou sessões públicas em que o Presi<strong>de</strong>nte participou como<br />

protagonista ou como orador.<br />

Entre os com<strong>en</strong>tários mais ouvidos <strong>de</strong>staca-se uma comparação repetida várias vezes pelo<br />

político, a propósito da falta <strong>de</strong> rigor: “ Sempre gostaria <strong>de</strong> saber o que diria um jornalista<br />

<strong>de</strong>stes, se um dia chegasse a um médico, se queixasse <strong>de</strong> uma dor na perna esquerda e lhe<br />

amputassem a direita?!”<br />

Com este exemplo, referia-se à ética profissional que <strong>de</strong>ve estar pres<strong>en</strong>te no exercício das<br />

funções que cada um exerce, in<strong>de</strong>p<strong>en</strong><strong>de</strong>ntem<strong>en</strong>te <strong>de</strong> ser médico ou outra coisa qualquer.<br />

Estabelecidas as <strong>de</strong>vidas distâncias, é tão mau um médico que comete um erro <strong>de</strong> diagnóstico,<br />

como um jornalista que m<strong>en</strong>te.<br />

Segundo Josep María Casasús i Guri, citado por Ramos (2007, p.70), “Em contraste com outras<br />

activida<strong>de</strong>s que se agrupam sob o que normalm<strong>en</strong>te se <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> Comunicação Social, ao Jornalismo<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 188/222 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

206

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!